terça-feira, 14 de agosto de 2012

Qual vontade fazer?

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês!
(2Co 13.13).

João 6.35-51

Qual vontade fazer?

A minha?

Ou a do Pai?

Queridos irmãos em Cristo Jesus Cristo.

Disse Jesus: “Eu desci do céu para fazer a vontade daquele que me enviou e não para fazer a minha própria vontade.” (Jo 6.38).

Hoje é dia dos pais. Comemoramos a vida daqueles que Deus nos deu para cuidar de nós quando nós não podíamos nos cuidar sozinhos.

Que tipo de pai você tem? Que tipo de pai você é? Que tipo de pai você gostaria de ser?

Você tem coragem para ser pai?

Pode parecer estranha esta última pergunta, mas se pensarmos bem, vamos concluir que é preciso ter muita coragem para ser pai. Não um pai qualquer, mas um pai de verdade. Aquele que está presente na vida de seus filhos.

É muito fácil sair fazendo filhos por aí e deixar pro mundo cuidar. Mas esse não é o pai que Deus Pai, espera que sejamos.

O nosso Pai do céu fala assim dos filhos: “Os filhos são um presente do Senhor; eles são uma verdadeira bênção. Os filhos que o homem tem na sua mocidade são como flechas nas mãos de um soldado. Feliz o homem que tem muitas dessas flechas! Ele não será derrotado quando enfrentar os seus inimigos no tribunal.” (Sl 127.3-5).

O pai que ama seus filhos e por eles é amado vive na maior bênção que pode ser desejada dentro de uma família. Nesta família haverá harmonia.

Não quer dizer que será uma família sem problemas. Também não será uma família livre de desentendimentos e discussões. Isto acontecerá nas famílias... Em todas elas...

Mas onde pais e filhos se amam, o amor supera o desentendimento e a harmonia reinará. Porque os pais sabem a importância dos filhos e os filhos sabem a importância de seus pais.

Repetindo a pergunta: Você tem coragem para ser pai?

Como tudo mais na vida do cristão, também é de Deus que vem esta coragem. É Deus quem supre as faltas dos pais.

Que pai nunca desejou dar um presente a seus filhos, mas não pôde? Que pai já não desejou passar mais tempo com os filhos pequenos, mas precisava trabalhar?

Assim somos nós, pais humanos...

E como é o nosso Pai celeste?

Talvez esta resposta seja muito mais fácil para nós filhos de Deus. Sabemos que nosso Pai é amoroso. Sabemos que ele quer nos salvar. Sabemos que ele se preocupa tanto conosco que deu seu Filho, Jesus Cristo, para nos tornar seus filhos também. Sabemos que ele nos procura para nos dar a salvação. Sabemos isso e muito mais, sobre a forma como Deus nos trata e nos procura incessantemente.

Nós somos filhos.

E os bons filhos sempre querem agradar seus pais. É verdade que às vezes desagradam, mas pedem desculpas e, com o coração arrependido, buscam fazer a vontade de seu pai, a quem amam.

E quanto ao nosso Pai celeste? Nós queremos fazer a vontade dele?

Humanamente falando, não! Pois o pecado nos afasta da vontade do Pai celeste. Nós buscamos fazer as nossas vontades e ignoramos a vontade do Pai.

E, infelizmente, a nossa vontade, muitas vezes vai nos levar a caminhos ruins, enquanto a vontade de Deus, sempre nos levará ao bom caminho que é Jesus Cristo. Que nos lembra a vontade do Pai: “que nenhum daqueles que o Pai me deu se perca, mas que eu ressuscite todos no último dia.” (Jo 6.39).

Então estamos divididos em duas vontades: a nossa e a do Pai. E qual vontade fazer? A minha? Ou a do Pai?

Jesus responde em nosso texto: “Eu desci do céu para fazer a vontade daquele que me enviou e não para fazer a minha própria vontade.” (Jo 6.38).

E a vontade de Deus, diz Jesus: é que todos sejam salvos. Você, eu e todos que ainda não conhecem o Salvador Jesus.

Para cumprir esta vontade, o Pai nos dá a fé em Jesus Cristo. E alimenta a fé, por meio de sua Palavra e dos santos Sacramentos.

Sempre que vimos à igreja, estamos cumprindo à vontade do Pai. Sempre que ouvimos e falamos do Evangelho, estamos fazendo a vontade do Pai. Sempre que participamos da Santa Ceia e fugimos do pecado, fazemos a vontade daquele que enviou Jesus Cristo.

Mas nem sempre será fácil fazer esta vontade. Muitas vezes o inimigo nos convencerá de que a nossa vontade é melhor para nós. Afinal de contas a vida é MINHA VONTADE.

Com esta frase muitos se esquecem de que suas vidas já não são mais suas, aliás, nunca foram. Pois quem nos dá a vida é o Pai que criou todas as coisas. Quem nos mantém é o mesmo Senhor e doador da vida. E com o apóstolo Paulo dizemos: “Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim.” (Gl 2.20).

Quando as pessoas, no Evangelho de hoje, se deram conta de que não receberiam mais pão para comer, começaram a resmungar contra Jesus. Procuravam nas palavras dele algo para dizer que Jesus estava mentindo: “Este não é Jesus, filho de José? Por acaso nós não conhecemos o pai e a mãe dele? Como é que agora ele diz que desceu do céu?” (Jo 6.42).

É interessante notar que enquanto eles tinham a expectativa de ganhar mais pão, continuaram a ouvir Jesus, mas quando perceberam que Jesus não estava falando mais do pão físico e sim do pão espiritual, começam a procurar algo para contestar suas palavras. Eles queriam o pão, mas não queriam fazer a vontade do pai. Queriam fazer as suas vontades. Alimentar-se e fartar-se de graça. Mas não queriam saber da Graça do Salvador Jesus Cristo.

Ignorantes...

Perderam a maior oportunidade de suas vidas, por causa de alguns pães. Mesmo Jesus tendo alertado: “Os antepassados de vocês comeram o maná no deserto e morreram. Aqui está o pão que desce do céu; e quem comer desse pão nunca morrerá.” (Jo 6.49-50).

Você quer deste pão? Quem não quer? Quem não quer ter a vida eterna?

Jesus nos chama à vida eterna e nos chama a fazer a vontade do Pai. Porque importa fazer a vontade de Deus. E a vontade de Deus é que todos sejam salvos. Você, eu e todas as pessoas do mundo. Quem quer ser portador desta mensagem?

Eu quero.

Eu quero falar ao mundo que Jesus é o Salvador e que todos que nele creem têm a vida eterna.

Quero ser um pai que leva seus filhos a Jesus.

Quero um dia, junto com minhas filhas e esposa, entrar na vida eterna.

Porque a vontade do pai é que todos sejam salvos.

Então, qual vontade fazer? A minha ou a do Pai celeste?

Não há espaço para a dúvida.

Quero, por obra do Espírito Santo, ser nova criatura e testemunha do amor de Deus, para que assim, eu, você e todos quantos crerem sejamos salvos pelo Senhor Jesus. Pois todo aquele que crê em Jesus tem a vida eterna. E será um pai e um filho melhor neste mundo. Amém.

E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7)

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