sábado, 30 de janeiro de 2016

Feliz perfeitamente

Pregação do culto deste dia 30 de Janeiro de 2016.

Texto base: Mt 5.1-12
Dia Litúrgico: 4º Domingo após a Epifania

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).

A Paz do Senhor Jesus esteja com todos vocês. Amém.
Felicidade.
Esta palavra aparece várias vezes no texto de Mateus 5. Na versão que nós lemos antes aparece “bem-aventurado”. E esta palavra sempre foi complicada pra mim. O dicionário traz vários significados aceitos para a expressão:
1. Que está na bem-aventurança; (não ajuda muito)...
2. O que possui a eterna beatitude;
3. O que foi beatificado pela Igreja (santos católicos);
4. Ditoso; feliz.
5. Felicidade perfeita.

Os três primeiros significados são sempre usados quanto aos santos da igreja Católica. São usados para definir os santos.
Mas o sentido que Jesus dá no evangelho de Mateus é justamente o último: “felicidade perfeita”.

Pra você o que é felicidade perfeita?
É passar as férias perfeitas, sem problemas?
É ter dinheiro para tudo que se quer comprar?
É viver muitos anos, com saúde?
É ter um casamento onde não acontecem problemas?
É ter filhos que só fazem o que é certo, sempre?

O que é a felicidade perfeita, neste mundo?
Bem, pelas perguntas que fiz antes, certamente, se alguém espera estas coisas, nunca terá a felicidade perfeita. Porque as férias passam rápido e ficam apenas as fotos e as lembranças... Algumas lembranças de acidentes, de falta de água, engarrafamentos...
Se ter dinheiro para comprar tudo fosse sinônimo de felicidade, não existiria nenhum rico com depressão ou triste.
Da mesma forma, viver muito pode trazer consigo a tristeza da doença, do abandono, da falta das forças do corpo.
Casamento onde não acontecem problemas não existe. Existem casamentos onde os problemas são superados pelo amor mútuo e amor a Deus. Também filhos perfeitos não existem. Assim como nós falhamos como filhos, nossos filhos também falharão. Por isso é preciso haver perdão de todos para com todos.
Então como é esta felicidade perfeita que Jesus descreve?

1Quando Jesus viu aquelas multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus discípulos chegaram perto dele, 2e ele começou a ensiná-los.
Jesus disse:
3Felizes as pessoas que sabem que são
espiritualmente pobres,
pois o Reino do Céu é delas.
4Felizes as pessoas que choram,
pois Deus as consolará.
5Felizes as pessoas humildes,
pois receberão o que Deus
tem prometido.
6Felizes as pessoas que têm fome e sede
de fazer a vontade de Deus,
pois ele as deixará
completamente satisfeitas.
7Felizes as pessoas que têm misericórdia
dos outros,
pois Deus terá misericórdia delas.
8Felizes as pessoas que têm o coração puro,
pois elas verão a Deus.
9Felizes as pessoas que trabalham pela paz,
pois Deus as tratará como seus filhos.
10Felizes as pessoas que sofrem perseguições
por fazerem a vontade de Deus,
pois o Reino do Céu é delas.
11Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia contra vocês por serem meus seguidores. 12Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Porque foi assim mesmo que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.

Vamos olhar de perto alguns destes versículos e tentar compreender bem o que cada um deles quer dizer:
3Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
Uma outra tradução deste versículo nos diz: “Bem-aventurados os humildes de espírito.”
São aquelas pessoas que não confiam em si mesmas para a sua salvação. Sabem que suas obras são poucas e sua fé é fraca... Mesmo assim, confiam naquele que pode dar a Salvação: Jesus Cristo. Ser humilde de espírito é saber que preciso também fortalecer sempre a minha fé, na presença do Senhor, em sua casa, no estudo da Palavra.
São felizes porque confiam completamente em Deus e não em si mesmos.

4Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará.
São aqueles que estavam e ainda hoje podem estar, tristes com o sofrimento do povo de Deus. Muitas vezes o povo de Deus foi perseguido e ainda será enquanto este mundo existir. Porém, o próprio Deus é o consolo dos que choram. E ele virá em sua defesa.

5Felizes as pessoas humildes, pois receberão o que Deus tem prometido.
Deus não falha em suas promessas e aqueles que confiam nele, receberão o que ele prometeu.
Este texto não está prometendo que você vai ficar rico, nem que não terá problemas. Este texto está prometendo que aqueles que confiam em Deus, receberão o que ele prometeu desde Adão: a Salvação Eterna e a vida no paraíso, mesmo que aqui neste mundo passem por aflições.
É um chamado para permanecer firmes, mesmo que o mundo pareça indicar que Deus se esqueceu de nós. Ele nunca esquece.

6Felizes as pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará completamente satisfeitas.
7Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia delas.
Estes dois versículos lembram bastante o Pai-Nosso que vem logo no capítulo 6 de Mateus. No Pai-Nosso pedimos que a vontade de Deus seja feita neste mundo, assim como é no céu, ou seja, perfeita. Também pedimos que Deus nos perdoe como perdoamos aos outros. Assim, quem não tem misericórdia (amor, perdão, compaixão) pelo próximo, renega a misericórdia de Deus para si mesmo.
Muitos acham que dá pra seguir a Deus, mesmo maltratando o próximo. Isto é impossível. Onde as pessoas não se perdoam, também não recebem o perdão de Deus.

8Felizes as pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus.
Nós podemos concluir que quem não tem o coração puro não verá a Deus. E quem são estes?
São pessoas que usam o nome de Deus apenas em benefício próprio. Seja para enganar as pessoas ou para ganhar dinheiro. Quem só tem maldades em seu coração, nunca estará na presença de Deus. Ou seja, nunca verá a Deus. Mas aqueles que se lavaram no Sangue do Cordeiro, estes sim verão a Deus, pois Jesus os limpou completamente.

9Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos.
Trabalhar pela paz. Vivemos tempos de guerra. Mesmo que nosso país não esteja em guerra, parece que há uma tensão no ar. Sempre um contra o outro. E isso é desejado pelo mundo. É esta guerra que dá ibope. Se não houvessem crimes, acidentes, mortes estúpidas, brigas... O que seriam dos programas de TV?
Nós naturalmente gostamos das desgraças do outro... É só prestar atenção quando acontece um acidente, quantas pessoas se deslocam quilômetros para ir ver e tirar uma selfie e publicar primeiro nas redes sociais. São urubus modernos, procurando a desgraça alheia para compartilhar... Não é mais informação. É publicação da desgraça apenas.
O que se ganha com isso? Absolutamente nada.
Trabalhar pela paz é perdoar, mesmo que não te peçam perdão. É quando acontece uma discussão, calar para não prolongar a briga e criar ainda mais rancores. É ter palavras boas e não ruins para dizer aos outros. É quando alguém vir te contar uma fofoca, mandar calar a boca e tomar vergonha na cara... Afinal, está sendo instrumento do diabo.

10Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas.
11Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia contra vocês por serem meus seguidores. 12Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Porque foi assim mesmo que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.
Das perseguições, calúnias, insultos, já falamos.
E isso acontece muito hoje com os cristãos. Somos perseguidos por pessoas que querem que o pecado tome conta. Seja defendendo aborto, homossexualismo ou qualquer outra prática que Deus condena.
Mas fiquem firmes: a felicidade está garantida. Ela foi conquistada por Jesus Cristo, nosso Salvador e todo aquele que crê no Senhor, mesmo que não seja visto pelo mundo, como uma pessoa feliz, é feliz.
É feliz porque sabe que o que lhe está reservado é muito maior do que qualquer momento de felicidade que possa acontecer neste mundo. Assim, mesmo em momentos de tristeza, somos felizes porque Deus nos amou e nos perdoou todos os pecados. Amém.


E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7).

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Que tipo de político queremos?

A palavra “político” vem do grego “politikos”, que deriva de “polites” que quer dizer “cidadão”, quQue tipo de político queremos?
A palavra “político” vem do grego “politikos”, que deriva de “polites” que quer dizer “cidadão”, que, por sua vez, se originou de “polis”, que é traduzido por “cidade”. Apenas como curiosidade, no Brasil, o cidadão de Salvador é chamado de soteropolitano (ou seja, cidadão = “politano” de “soter” = salvador).
Na sociedade grega a vida pública interessava a todos os cidadãos (enquanto hoje, muitos se orgulham de não gostar de entender de política – estes deveriam ler o “analfabeto político” de Bertold Brecht). Mas para os gregos, que se interessavam pelo bem público, “politikos” eram aqueles que estavam no governo da cidade, ou Estado e colocavam o bem de todos acima de seus próprios interesses. Em sua origem, ser político é pensar, antes de tudo, no outro.
Por meio do latim, o termo veio a fazer parte de todas as línguas ocidentais. Mas já no século 16, em inglês, a palavra adquiriu uma forma bastante pejorativa. “Politican” designava alguém que recorria a intrigas para adquirir poder ou cargos públicos. Algo como parece ser o pensamento comum sobre os políticos que temos hoje.
Alguns termos mudam com o passar do tempo e com o uso da palavra. Brasileiro, por exemplo, virou nosso termo pátrio, entretanto, era uma forma pejorativa de chamar os nativos de nosso país, pois se você pensar bem verá que o certo seria “brasiliano”, a exemplo de “americano”, “venezuelano”, etc... E este tratamento pejorativo de um “brasileiro” qualquer, virou substantivo pátrio. E muito nos orgulha (ou orgulhava) ser chamados de brasileiros. Estamos com problema de autoestima e nosso “orgulho” anda meio em baixa... E boa parte da culpa disso é nossa e de nossa classe política, outro tanto é culpa nossa, ao abrirmos mão de nossa participação política.
As denúncias de crimes e corrupção só se amontoam e seus tentáculos se espalham por cada um dos partidos, em cada Estado do país, cada câmara de vereadores, enfim... Tá triste. Estamos tristes.
Mas ainda alimento a esperança de termos políticos naquela primeira acepção da palavra: pessoas de bem, que buscam o bem da comunidade, antes da sua própria fortuna. E realmente conheço alguns que são assim (poucos, é verdade, mas existem ainda).
Almejo esta idoneidade também para a igreja, pois temos visto muitos “pastores, apóstolos, missionários...” que só parecem buscar seus próprios interesses e os de suas seitas, transformando suas seitas em partidos que querem se garantir no poder, apenas para garantir mais direitos para si mesmos.
Nestas “igrejas” pouco se fala do que a Igreja de Cristo realmente oferece: “salvação eterna”. Vendem, por um bom preço (chamado de oferta, dízimo, voto...), vida boa neste mundo. E o pior, nem entregam o prometido, pois ninguém conhece alguém (fora os pastores destas ditas religiões) que realmente “tomou posse da vitória”.
Nunca os líderes religiosos pareceram tanto com os políticos descritos no século 16... Aliás, no século 16 a igreja estava assim também.
A promessa (parece-me mais ameaça) de Deus é para todos que usam da fé dos outros para o seu próprio bem: “Quanto a estes pequeninos que creem em mim, se alguém for culpado de um deles me abandonar, seria melhor para essa pessoa que ela fosse jogada no mar, com uma pedra grande amarrada no pescoço.”. Quem não sabe como seria essa pedra de moinho, resta saber que simplesmente ter ela amarrada ao pescoço e lançada, já arrancaria a cabeça, nem daria tempo de se afogar...
E tem a promessa para as autoridades também. “quando as autoridades cumprem os seus deveres, elas estão a serviço de Deus” (Romanos 13.6).
Deus quer boas autoridades, tanto na igreja, quanto no poder público. Autoridades que ajam como agiam aqueles primeiros políticos: procurando o interesse do outro, antes mesmo de seus próprios interesses. Estes serão abençoados, tanto na igreja, quanto na vida política. O resto... Bem... O resto vai receber o que merece. Sempre recebe.

Jarbas Hoffimann é teólogo e pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, trabalhando na congregação Castelo Forte, de Nova Venécia: http://facebook.com/pastorjarbas e @pastorjarbas no twitter.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O nosso próprio fariseu

Das recentes declarações de nosso ex-presidente, lembrei de uma passagem bíblica, que está abaixo.
A frase é de uma arrogância e prepotência digna de poucos como fidéis, chaves, maduros...
Resolvi escrever especialmente pela continuação da frase: "nem na igreja católica, nem na evangélica"... Citando religiões... Fora as outras autoridades citadas e o cidadão como um todo. Pois se levassem esse messias de pés de barro a sério, precisaríamos concordar que todos, absolutamente todos... Você, eu, nossos filhos, familiares, amigos... Nossos padres, freiras, monges, pastores, ministros... Ninguém tem a honestidade daquele hipócrita.
Quando a pessoa perecido gritar que é honesta, é porque ninguém mais acredita.
Eis o texto do Evangelho de Lucas.18.10-14:
— Dois homens foram ao Templo para orar. Um era fariseu, e o outro, cobrador de impostos. O fariseu ficou de pé e orou sozinho, assim: “Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que ganho.” — Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem levantava o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: “Ó Deus, tem pena de mim, pois sou pecador!” E Jesus terminou, dizendo: — Eu afirmo a vocês que foi este homem, e não o outro, que voltou para casa em paz com Deus. Porque quem se engrandece será humilhado, e quem se humilha será engrandecido.

Chuva, será bênção, agora?

Algum tempo atrás escrevi um texto sobre a falta de chuvas... E naquela vez perguntei se seria castigo. A conclusão bíblica obvia é que “pode ser, mas pode não ser”. (Se desejar ler, veja em meu blog: http://www.pastorjarbas.blogspot.com.br/2015/11/seca.html).
Deus faz chover sobre maus e bons. Por amor aos bons: “ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal.” (Mateus 5.45).
Antes de mais nada é preciso dizer que chuva é bênção sim, especialmente em uma região que depende consideravelmente da lavoura de café e outras culturas menores, ou ainda do leite, da produção de carnes, e muito mais que nos chega pelo árduo trabalho de nossos “homens do campo”. Eles muito bem sabem que sem chuva, nada produz. Temos visto com tristezas rios secando por todo o interior do município e em outros. O famoso Rio Preto, quase em Guriri, ponto de banhistas, estava seco. Não quase seco. Absolutamente seco ali naquele ponto onde o povo se refrescava do calor. Faz dias que não passo mais lá, não sei como está hoje, mas oro que esteja se recuperando. Assim como os córregos indo para Cristalino, quase todos estavam secos... Uma lástima.
Chuva é bênção, mas não é resultado de nosso esforço. Não é porque nós agradamos a Deus que tem chuva de novo. Deus não é assim. Deus age antes de nós pensarmos em pedir. Antes que os problemas venham, Deus já está cuidando de nós. Aliás, ele nunca deixou de cuidar.
Assim como a seca não é castigo por algo específico, embora deva nos levar à reflexão sobre o que temos feito com nossa responsabilidade de cuidar do mundo... Também a chuva não é bênção por algo bom e específico que fizemos. No mundo há crentes e descrentes. No mundo há diversas religiões... Mas nós cristãos cremos que há um único Deus verdadeiro que comanda tudo e todos. E este Deus faz chover sobre todos, por amor aos seus filhos. Por amor àqueles que creem em Jesus Cristo.
Então, assim como nos juntamos (em diversas denominações cristãs) para pedir chuvas, nos juntemos novamente para agradecer. Agradeçamos pelas chuvas que caem e lembremos daqueles que tanto carecem dela ainda.
Que o Senhor continue a nos abençoar com suas chuvas.

Jarbas Hoffimann é teólogo e pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, trabalhando na congregação Castelo Forte, de Nova Venécia: http://facebook.com/pastorjarbas e @pastorjarbas no twitter.


Este e outros artigos são publicados no Jornal Correio 9, de Nova Venécia. 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Luz

— Vocês são a luz para o mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. (Mateus 5.14)

Que Deus nos permita sempre ser luz para este mundo que anda cada vez mais imerso em trevas.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Ano novo... Novas oportunidades

Todo ano, por ocasião da virada, as pessoas tendem a renovar suas promessas. E normalmente são as mesmas promessas que não foram cumpridas desde a última vez que o ano mudou: “vou emagrecer” (deve ser a campeã), “vou estudar mais”, “vou ser melhor marido/esposa”... Vou mais à Igreja (tomara que ainda prometam isso).
Fato é: ano novo traz sim novas oportunidades. Mas outro fato é que é apenas mais um dia no calendário e, pasmem, nem todo mundo tem o mesmo calendário...
Há diversas formas de contar o tempo. A mais popular no ocidente (a nossa) é a forma do calendário Cristão. Esta contagem começou no século VI, quando o abade Dionísio decidiu que se deveria contar a partir do nascimento de Jesus Cristo. Como já se tinham passado cerca de 600 anos, há um provável equívoco no calendário e Jesus deve ter nascido cerca de 4 anos antes do que, para nós, é o ano zero. Ou seja, hoje já estaríamos em 2019. Mas isso não faz muita diferença, né? Pois é, se você tinha planos para 2019, tá quase acabando seu prazo... Mas e se você contasse pelos outros calendários?
Há o calendário Hebraico, que tem treze meses. Como o ano não estica, muda a forma de contar e hoje quem segue este calendário está no ano 5776. No calendário hindu há doze meses, porém, só 354 dias. Então, para acertar a diferença, a cada trinta meses se soma mais um mês ao ano. O calendário muçulmano, também de doze meses, começou no dia 16 de julho de 622, quando Maomé fugiu para Meca. E como usam a contagem lunar, de 354 dias, dá uma diferença de 97 dias a cada século. Isto não é corrigido, então os anos deles passam mais rápido do que os nossos.
No calendário chinês, com doze meses, de ciclo lunar, a cada oito anos se acrescenta 90 dias para igualar ao calendário solar. Como este começou em 2636 a.C., hoje ele estaria no ano 4651. Ainda tem o calendário Etíope, Egípcio...
Confuso? Muita informação? Sem dúvida, é muita informação. Mas uso todas estas informações para concluir algo bem normal e que já citei acima: 1º de Janeiro, para nós que seguimos o calendário cristão, ou para qualquer outro, é apenas mais um dia, que se correr dentro da normalidade, terá manhã, tarde, noite e logo termina. Não mudará nada se nós não mudarmos. Sei que gostamos destes “ritos de passagem”, como se a virada de uma noite, deixasse tudo de ruim para trás. Mas se nossa atitude não muda, nada muda...
Sendo assim, seja no dia 1º de janeiro, ou 4 de março, se tem algo que precisa mudar, mude. Se precisa cuidar mais da saúde, não espere para amanhã, cuide agora. Se precisa (ou se quer) emagrecer, feche a boca agora... E, acima de tudo, se está longe de Jesus, volte agora. Amanhã pode ser muito tarde e o ontem não volta.
Feliz ano novo sob a bênção de Deus.


Jarbas Hoffimann é formado em Teologia e pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, em Nova Venécia. (pastorjarbas@gmail.com; facebook.com/pastorjarbas)

Estes e outros artigos são publicados no Jornal Correio 9, de Nova Venécia (curta para ser avisado das edições diárias, leitura completa online):

Leituras bíblicas da Igreja Luterana (Trienais)

Muitas pessoas sempre perguntam sobre as leituras para cada domingo e dias especiais da Igreja Luterana.
No link aparecem até 2018.
Aqui o link do google drive

sábado, 2 de janeiro de 2016

Qual a nossa prioridade?

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).

A Paz do Senhor Jesus esteja com todos vocês. Amém.
Queridos irmãos em Cristo.
Mais um ano terminou e outro começou.
Conforme vão passando os anos, parece que a sociedade está mais longe das verdades de Deus.
Até mesmo os ensinamentos das igrejas, já parecem não ser mais sobre Jesus e a vida eterna, mas somente sobre as coisas deste mundo. Algo parecido com o que aconteceu na época do profeta Jeremias, quando ele anunciava o castigo iminente e os falsos profetas anunciavam que tudo ia ficar bem para eles. No fim, Jeremias é que estava certo.
E o povo que não voltou para Deus, foi levado cativo para a Babilônia.
Hoje muitos acreditam que “o inferno é aqui”... Que Jesus não volta mais. Que Deus não se importa conosco...
Mas a verdade é que a cada segundo que passa, estamos mais próximos do fim. Seja o fim de nossa vida... Seja o fim deste mundo.
Mais de dois mil anos se passaram desde que Jesus veio salvar o ser humano. E um dia, que só o Pai sabe, ele vai voltar. Pode ser hoje, pode ser amanhã. Ninguém sabe. Por isso importa estar preparado para aquele momento.
Então, enquanto esperamos, o que fazer?
Vejam o exemplo do Menino Jesus, no texto de hoje do evangelho.
Maria e José o procuraram por todas as partes. Até o encontrarem no Templo, falando das escrituras.
Quando eles o procuravam por, talvez pensassem que Jesus estivesse perdido, que tivesse se desviado do seu caminho. Talvez pensassem que nunca mais iriam vê-lo. Mas ao procurarem no Templo o encontram. E Jesus pergunta: “Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa do meu Pai?” (Lc 2.49)
Jesus estava perto do Pai. Assim como cada um de nós precisa estar.
O Salmo 111 nos lembra disto também: “Aleluia! Na reunião do povo eu louvarei a Deus, o Senhor, com todo o meu coração, junto com os que lhe obedecem.” (Sl 111.1)
E em Jeremias: 31.10 está escrito: “Nações, escutem o que eu, o Senhor, estou dizendo e anunciem as minhas palavras nas ilhas e terras distantes. Eu espalhei o povo de Israel, mas vou ajuntá-lo de novo e guardá-lo como um pastor guarda o seu rebanho.”
Estamos apenas começando mais um ano. Muitas dúvidas... Muitas esperanças. Há pessoas esperando por um novo e melhor emprego. Outros prevendo mudar de cidade, estado e até país. Alguns pretendem se casar este ano. Outros vão se preparar para a faculdade, ou querem concluir bem seus estudos...
Mas será que todos estamos planejando estar na Casa do Senhor? Será que todos estamos esperando ler mais a bíblia, falar mais com Deus, vir com a família para a Igreja?
Quantos se organizam meses para o Carnaval, para as férias? Então, que tal se organizar para estar presente nos cultos, os estudos bíblicos, nos congressos!!!???... Que tal se organizar para ler toda a bíblia este ano!?
É importante notar que os pais procuraram Jesus em diversos lugares. E Jesus estava no Templo.
Onde as pessoas podem procurar por nós? Em lugares relacionados à fé, ou distante dela? O que as pessoas encontram em nossa vida, nas nossas músicas, em nosso comportamento? Coisas que apontam para Jesus, ou que nos distanciam dele. No próximo Carnaval, as pessoas nos reconhecerão como cristãos ou seremos mais daqueles que só vão lembrar de Jesus na Quarta-Feira de Cinzas?
O Senhor está nos dando um ano cheio de novas oportunidades.
O diabo vai usar de tudo para nos afastar do Senhor. Serão convites para festas, serão reparos na casa...
Precisamos ver qual é, de fato, a nossa prioridade. É claro que é bom ir às festas... É claro que há reparos a serem feitos, viagens. Mas será que isso precisa ser feito no momento em que deveríamos estar no culto?
Qual a prioridade de Jesus?
Qual é a nossa prioridade?
Só estando em contato com Deus, poderemos guardar os seus ensinamentos. Assim como Maria fez, como nos diz Lc 2.51: “E a sua mãe guardava tudo isso no coração.”.
Maria guardava em seu coração todas as coisas que Jesus fazia e ensinava. Maria sabia que “Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor. Ele dá compreensão aos que obedecem aos seus mandamentos. Que o Senhor seja louvado para sempre!” (Sl 111.10).
E a mãe de Jesus também confiava na promessa de Deus dada pelo profeta Jeremias: (Jr 31.13) “Então as moças, os moços e os velhos vão dançar e se alegrar. Eu os animarei e mudarei o seu choro em alegria e a sua tristeza em prazer.”
Todas estas promessas estão de pé até hoje.
Deus mudará todo o sofrimento deste mundo em júbilo eterno. Alegrará eternamente o coração dos seus filhos fiéis. Porque (Sl 111.7) “Ele é fiel e justo em tudo o que faz; todos os seus mandamentos merecem confiança.” Suas obras vão durar (Sl 111.8) ...para todo o sempre. E como ele prometeu, ele (Sl 111.9): “pôs o seu povo em liberdade e fez com ele uma aliança eterna. Ele é santo e poderoso.” E esta promessa do Salmo 111 foi cumprida em Jesus Cristo.
Jesus, o nosso Salvador, nos dá a vida eterna.
Jesus foi feito nosso irmão para que pudéssemos receber os benefícios de filhos de Deus. Hb 2.14-15 lembra: “Os filhos, como ele os chama, são pessoas de carne e sangue. E por isso o próprio Jesus se tornou igual a eles, tomando parte na natureza humana deles. Ele fez isso para que, por meio da sua morte, pudesse destruir o Diabo, que tem poder sobre a morte. E também para libertar os que foram escravos toda a sua vida por causa do medo da morte.”. Por isso não tememos nem diabo nem morte. Porque Jesus os derrotou de uma vez por todas.
Jesus Cristo cumpriu sua tarefa até o fim. E hoje nos ajuda a vencer o diabo e o mundo Como nos lembra Hebreus 2.18: “Jesus pode ajudar os que são tentados, pois ele mesmo foi tentado e sofreu.”.
Enquanto estivermos guardando no coração a fé em Jesus, temos a vida eterna.
Quando as pessoas nos procurarem ou olharem para nossa vida, que possam encontrar o Senhor da nossa Salvação, Jesus Cristo.
Pois ele venceu a morte e nos ensina o caminho da vida eterna.
Quando chegar o final, na verdade será o verdadeiro começo, de uma vida que jamais termina, pois todos que creem em Jesus Cristo, têm a vida eterna. Amém.


E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7)

Aleluia de Handel - Baixo para ensaio.

Vídeo para ensaio do Aleluia de Handel, Baixos.

Aleluia de Handel, Tenor para ensaio.

Vídeo de ensaio do Aleluia de Handel. Tenores

Aleluia de Handel, Contralto para ensaio

Vídeo para ensaio do Aleluia de Handel, contralto.

Aleluia de Handel, Soprano para ensaio

Vídeo para ensaio da voz soprano do Aleluia.



A fidelidade brotará da terra

O amor e a fidelidade se encontrarão; a justiça e a paz se abraçarão. A fidelidade das pessoas brotará da terra, e a justiça de Deus olhará ...