Todo
ano, por ocasião da virada, as pessoas tendem a renovar suas promessas. E
normalmente são as mesmas promessas que não foram cumpridas desde a última vez
que o ano mudou: “vou emagrecer” (deve ser a campeã), “vou estudar mais”, “vou
ser melhor marido/esposa”... Vou mais à Igreja (tomara que ainda prometam
isso).
Fato
é: ano novo traz sim novas oportunidades. Mas outro fato é que é apenas mais um
dia no calendário e, pasmem, nem todo mundo tem o mesmo calendário...
Há
diversas formas de contar o tempo. A mais popular no ocidente (a nossa) é a
forma do calendário Cristão. Esta contagem começou no século VI, quando o abade
Dionísio decidiu que se deveria contar a partir do nascimento de Jesus Cristo.
Como já se tinham passado cerca de 600 anos, há um provável equívoco no
calendário e Jesus deve ter nascido cerca de 4 anos antes do que, para nós, é o
ano zero. Ou seja, hoje já estaríamos em 2019. Mas isso não faz muita
diferença, né? Pois é, se você tinha planos para 2019, tá quase acabando seu
prazo... Mas e se você contasse pelos outros calendários?
Há
o calendário Hebraico, que tem treze meses. Como o ano não estica, muda a forma
de contar e hoje quem segue este calendário está no ano 5776. No calendário
hindu há doze meses, porém, só 354 dias. Então, para acertar a diferença, a
cada trinta meses se soma mais um mês ao ano. O calendário muçulmano, também de
doze meses, começou no dia 16 de julho de 622, quando Maomé fugiu para Meca. E
como usam a contagem lunar, de 354 dias, dá uma diferença de 97 dias a cada
século. Isto não é corrigido, então os anos deles passam mais rápido do que os
nossos.
No
calendário chinês, com doze meses, de ciclo lunar, a cada oito anos se
acrescenta 90 dias para igualar ao calendário solar. Como este começou em 2636
a.C., hoje ele estaria no ano 4651. Ainda tem o calendário Etíope, Egípcio...
Confuso?
Muita informação? Sem dúvida, é muita informação. Mas uso todas estas informações
para concluir algo bem normal e que já citei acima: 1º de Janeiro, para nós que
seguimos o calendário cristão, ou para qualquer outro, é apenas mais um dia,
que se correr dentro da normalidade, terá manhã, tarde, noite e logo termina. Não
mudará nada se nós não mudarmos. Sei que gostamos destes “ritos de passagem”,
como se a virada de uma noite, deixasse tudo de ruim para trás. Mas se nossa
atitude não muda, nada muda...
Sendo
assim, seja no dia 1º de janeiro, ou 4 de março, se tem algo que precisa mudar,
mude. Se precisa cuidar mais da saúde, não espere para amanhã, cuide agora. Se
precisa (ou se quer) emagrecer, feche a boca agora... E, acima de tudo, se está
longe de Jesus, volte agora. Amanhã pode ser muito tarde e o ontem não volta.
Feliz
ano novo sob a bênção de Deus.
Jarbas Hoffimann é formado em Teologia e pastor da
Igreja Evangélica Luterana do Brasil, em Nova Venécia. (pastorjarbas@gmail.com; facebook.com/pastorjarbas)
Estes e outros artigos são
publicados no Jornal Correio 9, de Nova Venécia (curta para ser avisado das
edições diárias, leitura completa online):
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