sábado, 29 de maio de 2010

A Sabedoria de Deus se revela em Jesus

Santíssima Trindade – 1º Domingo após Pentecostes

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).

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A Paz e a Sabedoria do Senhor estejam com vocês.

Queridos irmãos em Cristo.

Sabedoria é uma qualidade que aparece bastante na Bíblia, especialmente no livro de Provérbios. No texto que lemos, do capítulo 8, por exemplo, a sabedoria aparece como uma personagem feminina que vem para instruir. Ela é apresentada como uma profetiza que diz às pessoas o que devem fazer. Se seguirem os conselhos dela, eles terão a sua recompensa; se não, terão seu castigo.

Não é uma ameaça de castigo. É uma constatação: faz o que é bom e você irá bem, se fizer o mal, o mal lhe alcançará. Lembrem Gálatas 6.7-8: “Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vida eterna.” O que também lembra o Salmo 92: “Aqui está uma coisa que o tolo não entende, e o ignorante não pode compreender: os que praticam más ações crescem como a erva, e os perversos podem prosperar, porém eles serão completamente destruídos.” (6-7). Esta é a constatação do fim dos maus. Daqueles que não querem saber de Deus. Que se afastam da sua sabedoria.

E num texto parecido com Provérbios 8, no Novo Testamento, lemos: 1Antes de ser criado o mundo, aquele que é a Palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. 2Desde o princípio, a Palavra estava com Deus. 3Por meio da Palavra, Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela. 4A Palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe a luz para todas as pessoas. 5A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la.” (Jo 1.1-5).

No Antigo Testemanto a Sabedoria. No novo, a Palavra. Ambos presentes com Deus na criação.

No Novo Testamento, tanto no Evangelho de João, quanto na sua primeira carta, nos é revelado que a Palavra que se fez carne é Jesus Cristo. A Palavra virar gente, não entra em nossa cabeça. Não é muito racional. Mas será que isso importa?

A Sabedoria que vem de Deus nos revela Jesus Cristo. Mesmo que isso não seja racional. Pois “A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver.” (Hb 11.1) E nem provar.

Muitas coisas que Deus fez e continua fazendo não são racionais. “Pois aquilo que parece ser a loucura de Deus é mais sábio do que a sabedoria humana.” (1Co 1.25). E por isso muitas vezes não temos respostas racionais.

Por que Deus criou o ser humano? Por que quis salvar o ser que pecou? Por que Deus sacrificou seu Filho, para nos dar a salvação? Por que o Senhor nos protege de todos os perigos? Por que o Senhor se preocupa que tenhamos casa, comida, abrigo, família e tudo mais?

Isso é irracional, porque o amor de Deus por nós não tem que se firmar em razões. Deus nos ama. A tal ponto de nos dar a salvação. Mesmo que isso seja irracional.

Para ser sábio é preciso temer a Deus, o Senhor. E este temor que nos torna sábios, nos mostra Jesus Cristo e seu grande amor por toda a criação. Mesmo que não possamos compreender. Aliás, não se precisa entender. Mas como o ser humano é cheio de “por quês?”

Pequenos exemplos de como queremos a resposta até quando ela é desnecessária:

Permitam-me um exemplo do cotidiano:

Outro dia, minha filha menor já acordada, chegou perto da minha cama e me disse, olhando meu rosto:

— Papai, tenho uma surpresa bem legal!

Antes que eu pudesse perguntar qual seria, ela me deu um beijo na testa e saiu correndo.

Sinceramente, não me interessa porque ela fez isso, mas que bom que ela fez. Foi certamente um dos melhores presentes que já ganhei na vida e nesta semana. E não preciso do por que para que fique melhor.

Outros exemplos de nossos “por quês” desnecessários:

O marido traz flores para sua amada esposa, mesmo que depois de muitos anos. Por quê?

A esposa abraça seu marido, sem que haja explicação, ou motivo. Por quê?

A mãe ou o pai, chegam em casa com um punhado de balas pros filhos. Por quê?

E há muitos outros “por quês” desnecessários. E a resposta a todos eles poderia ser: porque sim! Porque eu gosto de te ver feliz. Porque eu quero o seu bem. Porque amanhã posso não ter você pra beijar e abraçar.

Assim é o amor de Deus por nós. Não têm muitas respostas racionais. Mas expressam o grande amor de Deus por nós. Pelo simples fato de que Deus se preocupa com a nossa segurança, com a nossa salvação. E a sabedoria que vem da Palavra de Deus nos revela Jesus Cristo, para nossa salvação. Porque sim!

Porque o Pai nos olhou com misericórdia. Sabia que nós não conseguiriamos voltar para o caminho da Salvação, sem que sua sabedoria nos mostrasse. Então ele resolve providenciar os meios para nossa salvação. Aliás, o meio: Jesus Cristo. A Palavra encarnada. E a sabedoria que vem de Deus nos aproxima de Jesus. Sabedoria que o Senhor nos dá ao meditarmos em sua Palavra, ao participarmos do culto. Sabedoria que ele produz em momentos de sofrimento, como nos lembra a carta de Paulo aos Romanos (5.3): “nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu.”

Sabedoria de Deus. A única que interessa.

Não adianta ser sábio aos olhos do mundo, mas esquecer-se de Deus. A Sabedoria de Deus, se revela em Jesus Cristo e em suas palavras de salvação. Mesmo que pareça irracional. A Sabedoria de Deus se revela em Jesus Cristo para a nossa salvação. E todo aquele que for sábio, ou seja, que crer em Jesus, será salvo. Memso que o mundo não compreenda. Amém.

E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7)

Pastor Jarbas Hoffimann – Nova Iguaçu-RJ

Soli Deo Gloria

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Senhor quer se comunicar

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).

Sl 143 / Gn 11.1-9 / At 2.1-21 / Jo 14.23-31

fases da comunicação

A Paz do Senhor esteja com vocês. Amém.

Queridos irmãos em Cristo.

Se a gente olha o texto de Gênesis sem prestar atenção, ou sem saber toda a história, podemos não entender a atitude de Deus ao atrapalhar a língua do povo. Afinal, por que Deus atrapalhou a língua daquele povo?

Parece que estava tudo normal. O povo diz o seguinte: Agora vamos construir uma cidade que tenha uma torre que chegue até o céu. Assim ficaremos famosos e não seremos espalhados pelo mundo inteiro. Aparentemente o que está acontecendo é apenas o povo querendo ficar unido. E o que tem de errado nisso? Aliás, a unidade foi justamente tema de nossa última meditação, pois o Senhor Jesus orou para que todos os seus filhos fossem um.

Mas tem problema entre aquele único povo. Ele estava orgulhoso. Queria ser reconhecido como um grande povo, não por seu Deus, mas por causa de seus esforços. Estava cheio de si mesmo... Começava a pensar que não precisa de mais ninguém.

O problema não era o povo construir coisas grandiosas e, nem mesmo, no fato de querer ficar unido. Se fosse assim, o próprio templo do Senhor, uma construção magnífica e que demandou vários anos, não teria sido permitida.

O problema é que o Senhor tinha dado uma ordem: espalhem-se pelo mundo e aquele povo, querendo ficar unido, desafiava a vontade de Deus. Cheios de si, pensavam que podia fazer o que quisessem. Queriam alcançar o céu.

Em Gênesis 9, quando Noé sai da Arca, o Senhor diz: “– Tenham muitos filhos, e que os seus descendentes se espalhem por toda a terra.” (Gn 9.1). Este versículo é mais do que um mandamento. Era a bênção de Deus para Noé e sua família. Tenham muitos descendentes e encham a terra. Isto se repete em Gênesis 9.7: “Tenham muitos filhos, e que os descendentes de vocês se espalhem por toda a terra.”

E estes dois textos são repetição de muitas outras vezes que Deus abençoou a humanidade dizendo “encham a terra”, como em Gn 1.22,28. Mas os homens começaram a se achar muito importantes e começaram a querer fazer a sua própria vontade e não a vontade de Deus. O desejo de ficar unido, naquele momento mostra isso: Agora vamos construir uma cidade que tenha uma torre que chegue até o céu. Assim ficaremos famosos e não seremos espalhados pelo mundo inteiro. (v. 4).

Deus não permitiu que aquele povo desobediente prosperasse em sua teimosia. Ele misturou as línguas. Ninguém mais se entendia e assim o povo se espalhou pelo mundo.

Então temos o Pentecostes. Já no período do Novo Testamento. Ali temos o inverso daquela situação: Povos do mundo todo acorrem a Jerusalém para as festas. E naquela ocasião, 50 dias após a Páscoa, o Senhor cumpre a promessa do Espírito Santo. E todos começam a se entender.

Inspirado pelo Senhor, Joel tinha dito: “eu derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas: os filhos e as filhas de vocês anunciarão a minha mensagem; os velhos sonharão, e os moços terão visões. Até sobre os escravos e as escravas eu derramarei o meu Espírito naqueles dias.” (Jl 2.28-29).

E aconteceu assim: “Quando chegou o dia de Pentecostes, todos os seguidores de Jesus estavam reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados. Então todos viram umas coisas parecidas com chamas, que se espalharam como línguas de fogo; e cada pessoa foi tocada por uma dessas línguas. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.”. (At 2.1-4)

Cumprindo a promessa do Espírito, o Senhor unifica um povo. E faz isso falando de uma forma que todos entendam. A primeira mensagem, dirigida por por Pedro, que lembrou o texto do profeta Joel, foi entendida em todas as línguas.

Se na torre de Babel o povo se afastou, o Pentecostes uniu o povo em torno do Senhor.

Naquele dia foram acrescentados quase 3 mil pessoas aos discípulos de Jesus. Foi um crescimento de 2400%, se consideramos o dia da escolha de Matias, quando haviam 120 pessoas presentes. Certamente foi o maior crescimento estatístico da Igreja, já registrado.

O Pentecostes é a mostra maior de que o Senhor quer chegar a todas as pessoas. O Senhor quer se comunicar com todos. Por isso, o primeiro dom recebido foi a capacidade de falar a língua das pessoas. Os discípulos não falaram línguas estranhas. Não falaram de forma que ninguém entendesse. Aquelas pessoas, mesmo sendo judias, falaram na língua daqueles que precisavam do Salvador Jesus Cristo.

O Senhor quer se comunicar com todos. E hoje nós é que precisamos falar a língua de todos, para levar a Palavra do Senhor. Nunca o mundo esteve tão conectado. Quase todo mundo tem Orkut, Facebook; blog, MSN, celular, telefone em casa, TV e TV por assinatura, tem até TV no celular agora. E tudo isso pode ser usado para o mal. Ou para o bem. Dependendo do uso que nós vamos fazer.

Cada cristão é um comunicador. E com a nossa comunicação vamos levar a Palavra do Senhor àquele que não conhece, ou que está afastado. Vamos também deixar que o Senhor se comunique conosco, por meio de sua Palavra, pelos cultos e por tantos outros momentos em que meditamos na Palavra do Senhor. O Senhor também se comunica conosco no perdão dos pecados, dizendo que não precisamos ter medo, pois morte, pecado e inferno já foram derrotados. Se comunica na Santa Ceia, fortalecendo a fé e perdoando os pecados.

Seja você também, não um ligador, mas um comunicador. Comunique as maravilhas do Senhor, que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz.

Assim o Senhor continuará derrubando a barreira da língua. Continuará unindo o povo. Continuará acrescentando pessoas entre aqueles que vão entrar no céu.

Que o Senhor nos dê a coragem, as oportunidades e as palavras para testemunhar. Pois Cristo é para Todos. Amém.

E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7)

Pastor Jarbas Hoffimann – Nova Iguaçu-RJ

Soli Deo Gloria

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Embaixadores da paz – Lucas 6.27-36

O Senhor Jesus nos ensinou muitas coisas. Entre tantas maravilhas que ouvimos do nosso Senhor, temos a instrução de como lidar com diferenças inter-pessoais. Se estas valem para os inimigos, imaginem como precisamos tratar nossos amigos.
Veja o que o Senhor nos aconselha:
27– Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: amem os seus inimigos e façam o bem para os que odeiam vocês.
28Desejem o bem para aqueles que os amaldiçoam e orem em favor daqueles que maltratam vocês.
29Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. Se alguém tomar a sua capa, deixe que leve a túnica também.
30Dê sempre a qualquer um que lhe pedir alguma coisa; e, quando alguém tirar o que é seu, não peça de volta.
31Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês.
32– Se vocês amam somente aqueles que os amam, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama amam as pessoas que as amam.
33E, se vocês fazem o bem somente para aqueles que lhes fazem o bem, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama fazem isso.
34E, se vocês emprestam somente para aqueles que vocês acham que vão lhes pagar, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama emprestam aos que têm má fama, para receber de volta o que emprestaram.
35Façam o contrário: amem os seus inimigos e façam o bem para eles. Emprestem e não esperem receber de volta o que emprestaram e assim vocês terão uma grande recompensa e serão filhos do Deus Altíssimo. Façam isso porque ele é bom também para os ingratos e maus. 36Tenham misericórdia dos outros, assim como o Pai de vocês tem misericórdia de vocês.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Senhor direciona nosso caminho

At 16.9-15
6º Domingo de Páscoa

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).

Sl 67 / At 16.9-15 / Ap 21.9-14, 21-27 / Jo 16.23-33


A Paz do Senhor esteja com vocês. Amém.

Não parece estranha a história registrada em Atos 16?

Especialmente os versículos 6 a 8, que vou ler agora:

6Como o Espírito Santo não deixou que anunciassem a palavra na província da Ásia, eles atravessaram a região da Frígia-Galácia. 7Quando chegaram perto do distrito da Mísia, tentaram ir para a província da Bitínia, mas o Espírito de Jesus não deixou. 8Então atravessaram a Mísia e chegaram à cidade de Trôade.”

caminho de emaús O Espírito não deixou que eles anunciassem a palavra no local onde eles já estavam, mas os mandou para cerca de 800 km de distância.
Aos olhos humanos esta viagem é uma incoerência, pois seria mais fácil anunciar a Palavra ali mesmo, percorrendo a Ásia, onde os apóstolos já estavam. Mas Deus os envia para o outro lado. E, sem questionar, os apóstolos vão. Confiam que o caminho está sendo guiado pelo Senhor.
Chegando a Filipos, uma província Romana da Macedônia, os apóstolos procuram uma sinagoga. Mas não existia. Então, perto do rio, eles encontram Lídia. Uma senhora, vendedora de púrpura, que estava adorando ao Deus verdadeiro.
Lídia era uma mulher que tinha a situação financeira estável. Pois a venda da púrpura era um comércio caro. Dela ainda sabemos que era uma não-judia convertida ao judaísmo e, naquele dia, estava adorando o Senhor perto do rio, quando pôde ouvir a mensagem de Paulo, a respeito de Jesus.

Lídia foi a primeira pessoa da Europa que foi convertida, ouvindo as palavras de Paulo. E logo em seguida, toda a sua casa também foi batizada para ser de Jesus. Assim, por meio de Paulo, o Senhor começou a guiar o caminho de Lídia.

Hoje, sendo o dia das mães, não podemos deixar de lembrar que elas também terão um caminho a indicar. Mas como indicar se não conhecerem?

Há um ditado judeu que diz mais ou menos assim:

“você quer ensinar uma pessoa, ensina um homem; quer ensinar uma casa inteira, ensina uma mulher.”

E como Lídia, o Senhor ainda quer estar presente na vida de todas as mulheres, especialmente das mães. Ele busca as mães, para chegar também aos filhos.

Certamente, a maior parte dos conhecimentos de Jesus que temos, vieram de nossa mãe. Ou de alguma outra mulher que cuidou de nós.

Mas não são as mães que nos fazem crer. Assim como não foi Paulo que converteu Lídia. Diz nosso texto, no versículo 14: “Uma daquelas mulheres que estavam nos ouvindo era Lídia, uma vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira. Ela adorava a Deus, e o Senhor abriu a mente dela para que compreendesse o que Paulo dizia.”

O Senhor mudou o caminho dos mensageiros, para que chegassem até Lídia. E o Espírito Santo abriu a mente dela para que ela cresse em Jesus Cristo.

Assim o Senhor faz ainda hoje. Ele nos envia para falar e envia pessoas para nos ouvirem. Nossa tarefa é falar por palavras e ações, mas a tarefa de converter é do Senhor.

Mas isso não torna o testemunho menos importante. Se os pais e mães não testemunharem aos seus filhos, estes podem jamais conhecer Jesus. E também não adianta falar bem de Jesus com as palavras e falar mal dele com as nossas ações.

Não adianta dizer para o filho não xingar o irmão, se nós xingamos o jogador de futebol que perde o gol, ou o vizinho que não agiu como eu queria...

Vocês já se deram conta como é importante o exemplo cristão? E os primeiros exemplos que temos são dos nossos pais, padrinhos, tios, irmãos mais velhos e outras pessoas com as quais convivemos.

O apóstolo, guiado pelo Espírito de Jesus, levou a Palavra para Lídia e ela e sua casa foram salvos. Muitas mães e pais salvaram seus filhos, falando de Jesus para eles. Pois o Espírito Santo abre as mentes para a fé.

E nós ainda podemos salvar a muitos. Sempre levando a palavra do Senhor com palavras e obras. E sempre lembrando que o Senhor nos ama mais do que uma mãe ama seus filhos. Por causa desse amor, em Cristo, temos a vida eterna.

O Senhor dirigiu o caminho dos apóstolos. Dirigiu o caminho de Lídia. E dirige o nosso caminho até à vida eterna.

Que o Senhor abençoe nossos lares com a sua presença salvadora. Amém.

E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7)

Pastor Jarbas Hoffimann – Nova Iguaçu-RJ

Soli Deo Glória

sábado, 1 de maio de 2010

Precisamos do Senhor para chegar ao irmão

At 11.1-18
5º Domingo de Páscoa

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).


A Paz do Senhor Jesus esteja com todos vocês. Amém!

Queridos irmãos em Cristo, ao ler o texto de Atos, me veio à mente situação pela qual passam os pais. Eles querem fazer seus filhos comer coisas saudáveis. Então insistem na beterraba, nos legumes, nas carnes, feijão e arroz. Mas os filhos insistem em não comer.

Obviamente para Pedro era algo mais complicado que simplesmente não gostar de abóbora. Ele tinha aprendido e vivido toda a sua vida sabendo o que poderia comer ou não. Quais animais eram puros e quais eram impuros. Qual era a forma correta de matar um boi para poder comer e quais partes não poderiam ser comidas. Tudo isto está registrado em regras no Antigo Testamento. Regras que previam também com quais pessoas os judeus poderiam sentar-se para comer.

Ainda hoje tais costumes persistem entre judeus. E até mesmo entre aqueles que aceitaram  Jesus como o Messias. Por exemplo, a Igreja Cristã Messiânica, se apresenta assim:

acts5bhb4“O Ministério Ensinando de Sião é uma associação, sem fins lucrativos, composta por não-judeus, descendentes de judeus e judeus que crêem ser Yeshua HaMashiach (Jesus, o Cristo) o Messias de Israel e Salvador da humanidade que foi enviado por D´us há 2000 anos como “Ben Yosef” (Filho de José ou Filho do Homem) e que em breve voltará com seus santos em Jerusalém como “Ben David” (Filho de David) ou Rei dos reis, o Sar Shalom (O Príncipe da Paz) trazendo redenção e paz para os da Casa de Israel e para todas as nações.

Esta igreja ensina a viver de modo semelhante à vida que Pedro levava, conforme descrito no texto de Atos.

Quanto aos costumes das comidas vejam o que escrevem:

Nós judeus messiânicos procuramos seguir o cardápio bíblico (do Antigo Testamento). ... Fazemos por fé e D-us nos abençoa...

...se um gentio crente, quiser comer a comida de Levítico 11, eu pergunto: Quem sai ganhando? A saúde dele, claro! Ele como gentio não tem obrigação de guardar a comida kasher, mas se ele, por fé, quiser guardar, a saúde dele ganha. Costumamos fazer uma brincadeira dizendo: Se o gentio não judeu, quiser comer todos os “bichos” e coisas que não podem comer de acordo com a bíblia, ele pode? Sim, pode, respondemos. Só que irá para o céu mais cedo! ... Tudo é uma questão de fé; O Pensamento judaico diz: D-us falou? Então, faça e não discuta!

Perceberam a diferença da recomendação Bíblica?

Os apóstolos disseram que não precisávamos mais seguir regras quanto à alimentação. Nenhum de nós. Nem judeus nem gentios. Nós estamos livres. Embora nem tudo convenha comer. Ninguém vai comer peixe estragado, por exemplo...

E nós, que somos livres, às vezes queremos fazer os outros seguirem nossas tradições cristãs. E quais seriam estas?

Vestimentas litúrgicas, disposição dos bancos, quantas velas vão sobre o altar, calendário litúrgico, etc... E muitas vezes nos apegamos ao que realmente nem seria necessário. Muitas das disputas da igreja foram em torno dos adiáforos.

Adiáforos são aquelas coisas que Deus nem ordena, nem proíbe. Como, por exemplo, a forma de batizar.

O Senhor só mandou batizar. “vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Deus não deu a forma, deu a ordem: batizem. Agora se vamos fazer isso com um pouquinho de água, numa piscina ou no rio, aí vai do bom-senso e da oportunidade.

Para reforçar este exemplo, lembro o primeiro catecismo da história da Igreja, o Didaqué. Nele, sobre o batismo, há a seguinte afirmação (Capítulo 7.1-3):

“Quanto ao batismo, faça assim: ... batize em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Se você não tiver água corrente, batize em outra água. Se não puder batizar com água fria, faça com água quente. Na falta de uma ou outra, derrame água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.”

Este texto reflete a prática dos primeiros cristãos e não podia ser mais claro quanto ao que é importante. O importante é batizar conforme o Senhor mandou e com água.

Mas por aí se ouve que batismo tem que ser no rio (nas águas). Batismo tem que ter isso ou aquilo e assim, vamos criando regras onde o próprio Deus não as criou.

Aquela roupa serve... Aquela outra não... O templo tem que ser assim... As caixas de som têm que estar daquele jeito. E assim vamos criando regras para nós mesmos, quando o Senhor não nos deu regras.

Vamos entender muito bem tudo isso: A tradição é muito boa, desde que compreendida. Nossos costumes litúrgicos nos ajudam a entender e acompanhar todo o plano da Salvação, começando com as promessas do Salvador viria e terminando com as promessas do Salvador que voltará. Os hinos do Hinário Luterano, que estamos usando hoje, expressam a fé daqueles cristãos que os escreveram. Em momentos alegres ou tristes e assim nos ensinam a perseverar na fé também. Em alguns hinos parece que falta só o amém.

É preciso, como todos sabemos, que tudo seja feito com “decência e ordem”, segundo a Palavra de Deus. E a palavra de Deus nos manda buscar o descrente. Assim como o Senhor mandou Pedro buscar aqueles que eram considerados impuros pelos judeus.

Não foi fácil para Pedro. Ele precisou livrar-se de todas as tradições, que agora eram inúteis. De tudo aquilo que ele tinha aprendido a vida inteira. Para poder sentar-se e comer com os não judeus, como irmãos na fé.

Superar a velha natureza humana com suas teimosias e egoísmos nunca é fácil. Mas é necessário.

É necessário sabermos o que é o mais importante. E Pedro aprendeu. Não resistiu à orientação do Senhor e pode ver o Espírito Santo trazendo outros para a fé.

Como aqueles foram trazidos, nós também fomos. E o Senhor nos reenvia para levar a Palavra a todos os lugares. Sempre com os olhos na mensagem que é a mais importante:

O Senhor Jesus morreu por você e te dá a salvação. Creia no Senhor Jesus e você será salvo. Quando testemunhamos é importante saber: não estamos levando a Igreja Luterana, embora ela vá conosco, pois faz parte de nós.

Quando testemunhamos, levamos Jesus Cristo e então nos faremos fracos com os fracos e fortes com os fortes. Faremos tudo, para de todas as formas ganhar o maior número possível para o Senhor.

Pois quando o Senhor revelou a Pedro que tinha purificado todas as coisas, revelou também que a fé em Cristo nos torna puros diante de Deus. Sendo nós judeus, gregos, brasileiros, africanos, ricos, mendigos, velhos ou novos.

Somos um em Cristo. E esta fé nos salva.

O Senhor quer dar esta fé a muitos.

Que o Senhor nos abençoe e nos faça ver cada um como um irmão que precisa do Senhor, assim como nós também precisamos. Amém.

E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7)

Pastor Jarbas Hoffimann – Nova Iguaçu-RJ

Soli Deo Glória

A fidelidade brotará da terra

O amor e a fidelidade se encontrarão; a justiça e a paz se abraçarão. A fidelidade das pessoas brotará da terra, e a justiça de Deus olhará ...