
Até parece aqueles filmes de ficção dos robôs contra os humanos. Se a gente pensar mais a fundo, a coisa é real, pois a máquina tem o domínio. E se alguns acreditam que a salvação está na tecnologia, o contrário pode ser a verdade. Afinal, existe a possibilidade de nosso planeta ser destruído em segundos pela bomba atômica, ou em alguns anos pela fumaça das indústrias e dos carros que provoca o efeito estufa. Mas fazer o quê? Não viajar de avião? Jogar fora o computador? Voltar aos tempos de nossos avós? Ou fugir como fez Santos Dumont, que em profunda depressão suicidou-se ao ver seu invento nos céus da Primeira Guerra Mundial?
"Estamos sempre em perigo de morte" (2 Coríntios 4.11), escreveu o apóstolo numa época quando as máquinas eram de paus e pedras. Creio que a penosa lição nestas inevitáveis tragédias, e que tentamos deletar dos pensamentos, é bem direta: a vida passa logo. Se para as 228 pessoas deste voo trágico a vida desintegrou-se em um minuto, qual a diferença para uma pessoa que caminha naturalmente para o fim desta jornada terrena? É só perguntar para alguém enrugado e de cabelos brancos, e ele vai responder que tudo passou rapidamente. Moisés já tinha experimentado: "Mil anos são como um dia, como o dia de ontem, que já passou; são como uma hora noturna que passa depressa (...) A vida passa logo e nós desaparecemos" (Salmo 90.4,10).
No entanto, é nesta hora de perplexidade em meio aos destroços da vida em alto mar que aparece no horizonte o Sol da esperança. Pois neste mundo onde uma "falha elétrica" mudou a trajetória da vida, o Criador resolveu assumir o comando do voo. O próprio Salvador testifica: "Ninguém subiu ao céu a não ser o Filho do Homem que desceu do céu (...) Pois Deus mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo" (João 3.13,17).
São várias causas possíveis para este acidente com o voo 447 da Air France, inclusive um atentado terrorista. E difíceis as chances para localizar a caixa preta e ter as respostas. Mas a ausência destas questões e de tantas outras não tem o poder de encobrir o que já foi revelado. Como diz a Bíblia: "Pois o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus, o nosso Salvador". Por isto os cristãos entoam: "Se as águas do mar da vida quiserem te afogar, segura na mão de Deus e vai (...) Não temas, segue adiante e não olhes para trás. Segura na mão de Deus e vai".
Marcos Scmidt
Pastor luterano
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo-RS
4 de junho de 20009.
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