Lc 19.28-40
Domingo de Ramos
Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).
Queridos irmãos em Cristo, a Paz do Senhor esteja com vocês.
Imaginem a cena: Um homem, de mais ou menos 33 anos está sentado num jumento e vem entrando em Jerusalém. Jerusalém era a grande cidade da região. Passar pelo portão da cidade seria o mesmo que, hoje em dia, subir a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília com o presidente e seus ministros esperando lá no alto.
Nesse tempo, as notícias a respeito de Jesus se fortaleciam cada vez mais. Todos esperavam que aquele fosse o momento do Messias reclamar o poder para Israel.
Isso mesmo: as pessoas esperavam que Jesus se tornasse o seu rei, que viesse libertar Jerusalém e os judeus do poder de outros povos. As pessoas, inclusive os discípulos, pensavam que Jesus seria um mestre guerreiro, que lideraria o povo numa revolta contra os césares e o imperador. Esperavam que Jesus se tornasse rei, mas um rei apenas neste mundo.
Por isso, não é de se estranhar que tanta gente tenha acorrido para o momento em que Jesus entra na cidade de Jerusalém. O que estava acontecendo tinha sido profetizado por Zacarias (9.9-10): “Alegre-se muito, povo de Sião! Moradores de Jerusalém, cantem de alegria, pois o seu rei está chegando. Ele vem triunfante e vitorioso; mas é humilde, e está montado num jumento, num jumentinho, filho de jumenta. Ele acabará com os carros de guerra de Israel e com a cavalaria de Jerusalém; os arcos e as flechas serão destruídos. Ele fará com que as nações vivam em paz; o seu reino irá de um mar a outro, e desde o rio Eufrates até os fins da terra.”
Aquele povo esperava o Messias errado... Ou melhor: esperavam errado o Messias verdadeiro. Jesus não viera para destruir exércitos formando outro. Ele não viera para destruir reis terrenos, se tornando ele mesmo um novo rei aqui. Ele não viera para governar por uns poucos anos, mas veio para reinar eternamente. O reino de Jesus vai, de fato, de mar a mar, mas segue na vida daqueles que o seguem. Onde estão os fiéis, ali está o Reino do Senhor. Ali Jesus é vitorioso.
Diz o nosso texto que: “alguns fariseus que estavam no meio da mul-tidão disseram a Jesus: – Mestre, mande que os seus seguidores calem a boca!” (v. 39).
Aqueles homens estavam num impasse: achavam que Jesus era apenas mais um dos muitos “messias” que já tinham aparecido, mas e se ele fosse o verdadeiro messias que veio derrotar o imperador? Por isso eles apenas pedem que Jesus mande seus seguidores se calarem. O césar poderia ouvir o barulho da maldição e os fariseus eram subordinados aos césares. Pra eles era uma faca de dois gu-mes: por um lado, querem que Jesus seja o messias guerreiro, que vai derrotar o Imperador, por outro lado, se Jesus não for o tal messias, eles não poderiam aparecer junto dele.
A resposta de Jesus é um dos versículos mais importantes de toda a Bíblia, quanto ao testemunho: “Eu afirmo a vocês que, se
eles se calarem, as pedras gritarão!” (v. 40). Não era apenas uma resposta aos fariseus, mas também um alerta a todos os cristãos. Se nós nos calarmos, as pedras vão gritar. E as pedras têm gritado muito por aí.
A tarefa de testemunhar é nossa. Não abra mão dela. Isso pode te custar muito caro. Se você não falar de Jesus, um filho seu pode se perder eterna-mente. Ou pode ser seu pai.
Se você falar, pode ser que ninguém te dê ouvidos, porém, se te ouvirem, você terá ganho mais uma pessoa para Cristo e a pessoa terá sido salva.
Não faça como os fariseus, que acreditavam desconfiando de Je-sus Cristo. Creia de fato. Viva para Jesus Cristo. Deixe o resto em segundo plano.
Muitas vezes nossas atitudes demonstram que nós somos como os fariseus: queremos estar perto de Jesus, mas não tão perto assim. Falamos que confiamos no Senhor, mas e se essa história de vida eterna for mentira? Falamos que queremos seguir ao Senhor, mas o que meus amigos vão pensar de mim?
Além dos fariseus, as outras pessoas que estavam ali também viraram as costas para Jesus, e na sexta-feira já estavam pedindo a morte do Senhor. Elas tinham pensado apenas em interesses próprios, como ser donas do seu próprio reino. E como Jesus não era o messias guerreiro, preferiram que ele fosse morto.
Tem muita gente fazendo a mesma coisa. Busca-se um messias que me ajude nas tarefas do dia-a-dia. Um messias mecânico, que vá resolver os problemas do carro. Um messias consultoria, que me ajude a ir bem nos negócios. Um messias psicólogo, que resolva meus problemas de auto-estima. Um messias casamenteiro, que re-solva os problemas conjugais. E por aí vai.
Busca-se tranquilidade e salvação, mas não para a vida eterna. Busca-se isto para o aqui e agora. Por isso tanta gente tem virado as costas para Jesus e, antes da sexta, já o esqueceram. Porque afinal, que maravilhoso fim de semana prolongado...
Não vire as costas pro Senhor Jesus. Ele não te abandonou na hora da angústia. Ele, mesmo abandonado por todos, salvou você, morrendo na cruz e te garantiu a vida eterna, ressuscitando no domingo de Páscoa.
É ele que nos orienta a falarmos dele às outras pessoas. Se não as pedras vão gritar.
Viva em Cristo... Fale de Cristo... Testemunhe Jesus Cristo.
Jesus já te salvou e ele quer salvar a todos. E esta tarefa maravi-lhosa de mostrar a salvação a todos é nossa.
Então, ao se encontrar com alguém perdido diga: creia no Senhor Jesus e você será salvo.
Ao se sentir perdido, lembre que Jesus vai à sua frente e creia no Senhor Jesus. Assim, você também será salvo. Amém.
E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7)
Soli Deo Glória
Jarbas Hoffimann
pastor evangélico luterano
Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente... Compartilhe...