No embalo do “adeus ano velho, feliz ano novo”, onde está o poder para que “tudo se realize”? Onde está a força para a mudança? E o quê precisa ser conquistado? Muito dinheiro no bolso? Saúde pra dar e vender? É isto? Com certeza, não! É só olhar para o lado e para dentro, e descobrir que as esperanças de um ano próspero e feliz são iguais ao borbulho gaseificado do espumante. No tempo em que apenas o vinho inebriava, o rico e saudável Salomão já resmungou que “tudo é correr atrás do vento” (Eclesiastes 2.17).
Réveillon significa “reanimar”. Deveríamos levar a sério esta palavra francesa, e fazer a revolução que o champanhe deles não tem poder de estourar. Quando Paulo sugere que "também nós vivamos uma vida nova" (Romanos 6.4), sinaliza a fonte da transformação: “Quando fomos batizados, fomos sepultados com Jesus por termos morrido junto com ele. E isso para que, assim como Cristo foi ressuscitado pelo poder glorioso do Pai, assim também nós vivamos uma vida nova”.
É preciso motivação para uma vida nova. Igual a história da mulher catarinense que emagreceu 40 quilos. Várias vezes tentou um regime alimentar, mas nunca obteve êxito. Certo dia, encontrou uma força especial. Para doar parte de seu fígado a uma criança com câncer, precisava perder peso. E conseguiu. O gesto dela ofereceu nova vida à criança e à ela. É sempre assim, quando os outros estão em primeiro lugar, o meu “sacrifício” traz bons resultados também para mim.
A doação de Cristo na cruz não apenas renova a vida daquele que crê, mas renova a vida das pessoas ao lado daquele que crê. Porque o cristão não vive para si mesmo, vive para os outros. Por isto a indagação do Salvador: “O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro e perder a vida verdadeira?” (Marcos 8.36). E promete: “Quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira”. É isto que faz o ano ser novo e feliz!
Pastor Marcos Schmidt
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Novo Hamburgo, RS
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