domingo, 13 de dezembro de 2009

nunca está bom…

Lc 7.18-35

3º D. no Advento 5.156

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).

pirraca Queridos irmãos em Cristo.

A Paz do Senhor esteja com todos vocês. Amém.

Estamos vivendo a época das músicas. É certamente a época em que mais se canta no ano inteiro.

E quero começar por aqui a mensagem de hoje, pois Jesus diz em Lucas 7.32: “Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram! Cantamos músicas de sepultamento, mas vocês não choraram!”

O que Jesus queria dizer com isso?

Para quem ele estava falando?

Bem, Jesus falava aos judeus de sua época. Muito especialmente aos líderes judeus que estavam buscando confronto com ele.

E para isso, Jesus usa um provérbio que ressalta que existe uma música para cada situação.

Para dar um exemplo melhor, vamos olhar músicas do nosso hinário (qualquer um deles) e veremos que certas músicas são mais adequadas para algumas ocasiões.

Por exemplo, o hino 85:

Quero, ó Cristo, meditar/ no teu sofrimento;/

do teu trono vem guiar / o meu pensamento./

Possa eu ver, ó meu Jesus, / quão atroz tormento/

exigiu na infame cruz/ nosso salvamento.

Até a melodia deste hino lembra que é tempo de meditar na dor de Jesus. No seu sacrifício para nos dar a vida eterna.

Um exemplo oposto. Hino 36:

Oh! Vinde, fiéis, triunfantes, alegres,/

sim, vinde a Belém já movidos de amor;/

nasceu vosso Rei, lá do céu prometido./

Alegres adoremos, alegres adoremos,/

alegres adoremos a nosso Senhor!

Simplesmente por ouvir as canções sabemos que se tratam de épocas diferentes. A primeira lembra o sofrimento e morte do Salvador, e por isso é lenta e triste. A segunda lembra a vinda de Jesus no Natal e toda a alegria desta maravilhosa notícia. E é mais rápida e mais entusiasmante.

Jesus dá um exemplo parecido para falar do comportamento dos judeus à sua volta:

31Mas com quem posso comparar as pessoas de hoje? Com quem elas são parecidas? 32Elas são como crianças sentadas na praça. Um grupo grita para o outro: “Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram! Cantamos músicas de sepultamento, mas vocês não choraram!”

Neste texto o Senhor repreende o povo judeu de sua época. Em especial os líderes, comparando a atitude deles com a atitude de crianças pirracentas. Nada estava bom para eles.

Naquele momento os judeus falavam mal de João Batista porque ele não bebia vinho e jejuava. Mas quando aparece Jesus, que tomava vinho e não fazia jejum, também o chamam de guloso e beberrão.

Parece que sempre haveria um motivo para criticar a mensagem que Jesus e João vieram trazer. Ou qualquer outro mensageiro da Palavra do Senhor. Porque aquelas pessoas estavam preocupadas com suas vontades e não com a mensagem de Deus para o mundo. Então, em vez de ouvir, procuravam defeitos nos mensageiros. E vocês sabem que quem procura defeitos nos outros, quando não encontra, inventa.

Ninguém conseguia agradar aqueles judeus.

E muitas vezes nós nos aproximamos da atitude daquelas pessoas. Nós ouvimos que o Senhor nos salva de graça, mas queremos pagar com ofertas, esforços e atitudes. Por outro lado, ao ouvirmos que precisamos praticar boas obras, levantamos a voz para dizer que a salvação é gratuita. E é pela graça de Deus mesmo.

Mas com tal atitude, a salvação e as obras que se complementam no viver cristão, na boca de muitas pessoas parece ser algo contraditório. Como se fosse possível a fé sem obras ou as obras sem fé.

João Batista pregou o batismo de arrependimento e vivia de modo muito rigoroso, a ele os judeus disseram: “não está no seu juízo perfeito”. Tá doido!

Quando veio Jesus, viveu e agiu como as demais pessoas. E demonstrou muita compaixão por todas as pessoas. Aí os judeus distorceram este comportamento chamando Jesus de beberrão e comilão e companheiro de pecadores e cobradores de impostos.

Aquelas pessoas se contradiziam, falando mal de João e de Jesus, e perderam a oportunidade de andar no Reino.

Assim, muitas vezes, parece que nossa igreja nunca está boa o suficiente. Se o som tá um pouco mais alto, tá alto de mais. Se está baixo, alguém vai dizer que parece um cemitério. E sempre há motivo para criticar algo.

Se há bater de palmas, parece que nos tornamos em outra igreja. Se não nos movimentamos, dizem que é uma igreja de velhos. E é uma igreja de velhos... De velhos, de jovens, de casais e de pessoas sozinhas. É uma igreja para todos, pois o Salvador nasceu para todos.

Mas assim, como aquelas crianças da praça. Existem pessoas na igreja e na vida em geral, que só buscam por erros e coisas ruins. E vão encontrar. Pois com uma trave no olho é muito mais fácil encontrar erros nos outros do que em si mesmo.

E desse jeito as pessoas perdem a oportunidade de ouvir a mensagem do Senhor, porque o paninho do altar tá meio torto. E daí! Podia estar até sem pano. Porque o importante é a Palavra de Deus. O perdão dos pecados, a Santa Ceia, e a vida eterna que o menino Jesus veio nos trazer.

É claro que toda a nossa tradição litúrgica é importante. Aliás, ela é linda, uma das mais belas tradições que existem. Mas o principal é o Senhor e tudo que existe na igreja aponta para o Senhor. Até o paninho do altar. Porque mais importante que tudo é saber que Deus nos amou tanto, a ponto de enviar Jesus para nos dar a vida eterna. Ele veio, e os coxos andaram, os leprosos foram curados, os surdos ouviram, os mortos foram ressuscitados e os pobres receberam o evangelho. Esse foi o recado que Jesus mandou a João, porque estes acontecimentos confirmavam que Jesus é o Messias.

E nós, com toda a alegria, podemos receber Jesus neste Natal. Lembrando que os tempos mudam, as tradições mudam, mas o Senhor é o mesmo. E é ele quem dá a vida eterna a todo aquele que crê em Jesus Cristo.

É ele que enche nossa alegria de coisas boas.

É ele que nos mantém como igreja.

É ele quem está conosco todos os dias.

E é ele que nos faz enxergar tantas coisas bonitas na nossa casa e em nossa igreja. E a principal delas: temos a esperança em Jesus.

Creia no Senhor Jesus e você será salvo. Amém.

E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7)

Pastor Jarbas Hoffimann – Nova Iguaçu-RJ

Glórias Somente a Deus

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente... Compartilhe...

A fidelidade brotará da terra

O amor e a fidelidade se encontrarão; a justiça e a paz se abraçarão. A fidelidade das pessoas brotará da terra, e a justiça de Deus olhará ...