Os últimos dias de Lutero
No dia 23 de janeiro de 1546, a pedido insistente dos príncipes de Mansfeld, Lutero viajou para Eisleben. Como não se sentisse bem de saúde para empreender sozinho a viagem, levou consigo seus filhos Martinho e Paulo, pois o tempo estava mau e as estradas quase intransitáveis. Foram necessários cinco dias para vencer a distância de 120 quilômetros. Lutero decidiu-se a fazer esta viagem, somente por se tratar de uma missão de amor. Havia sido convidado para restabelecer a paz em uma família desunida por uma grande briga. Depois de vinte dias de pacientes admoestações, Lutero conseguiu reconciliar a família. Mas estava completamente exausto. Tinha sido esforço demasiado para sua saúde precária. Na noite do dia 17 de fevereiro, foi levado para seu quarto, a fim de descansar. Junto a sua cama permaneceram seus dois filhos e três amigos íntimos. Lutero sabia que seu fim se aproximava. Em fervorosa oração encomendou sua alma ao Pai celestial. Um dos amigos perguntou-lhe se estava preparado para morrer em nome do Senhor Jesus Cristo, cuja doutrina havia pregado. Lutero respondeu com voz clara: Sim. Em seguida cerrou seus olhos para seu derradeiro sono aqui na terra.Lutero morreu no dia 18 de fevereiro de 1546. Seu corpo foi levado para Wittenberg. No dia 22 de fevereiro foi sepultado na Igreja do Castelo, bem defronte do púlpito, onde permanece até hoje.
Lutero está morto, mas sua obra permanece. A Reforma da igreja, por ele iniciada, espalhou-se por todas as partes do mundo. Jesus, o Rei da Graça, proclamado por Lutero, vive nos corações de milhões de cristãos. Passados 500 anos, Lutero continua a ser honrado como o grande mestre da Igreja Luterana e de todo Protestantismo.
E hoje, mais do que nunca, precisamos de Lutero e suas palavras para trazer seus herdeiros de volta à pura e clara Palavra de Deus, que não precisa de novos profetas, apóstolos, milagreiros e vendedores de bênçãos e prosperidade. Essa igreja precisa ser, de novo Reformada. E nós luteranos da IELB, queremos continuar trilhando o caminho que já caminhamos faz 500 anos.
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