terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mt 28.16-20 - Texto bíblico comentado

Unir Forças

Mt 28.16-20

Estes são exatamente os últimos versículos do evangelho de Mateus.
E o texto diz assim:

[16]Os onze discípulos foram para a Galiléia e chegaram ao monte que Jesus tinha indicado. [17]E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns tiveram suas dúvidas.


A dúvida é algo comum ao ser humano. Nós somos como Tomé e precisamos “ver para crer”. Por isso queremos ver milagres, como os judeus do tempo de Jesus e como tantos hoje.
Os discípulos, que com a morte de Jesus tinham se sentido sozinhos, ao verem Jesus, nem acreditam que é ele mesmo. Segue o texto:

[18]Então Jesus chegou perto deles e disse:
– Deus me deu todo o poder no céu e na terra.

Jesus reafirma que é Deus e que, cumprindo sua tarefa, agora compartilhará a salvação com todos os seres humanos. Mas ele precisa de mensageiros. Precisa de gente como eu e você, pra “pegar junto”. Pra falar do Senhor às nações, começando por aquele vizinho que você não gosta. Ou que não gosta de você.
Jesus então diz:

[19]Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo [20]e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês.

A tarefa é esta: testemunhar Jesus.
O objetivo é salvar as pessoas.
Mas muitas vezes nos sentiremos sozinhos na vida e nesta tarefa de testemunhar.
Quando isso acontecer, não tenha dúvidas.
Creia nas palavras de Jesus, que disse:
E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.
O Salvador estará conosco todos os dias, até o fim dos tempos.
Os amigos podem nos abandonar, o governo esquecer de nós, a família nos virar as costas. Mesmo assim, o Senhor será nossa família, nosso governo e nossa vida.
Com Jesus ao nosso lado, sempre estaremos protegidos dos ataques dos inimigos. E, como disse o apóstolo Paulo:

[13]Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação.
Todos vocês que são de Cristo, sigam em paz, pois o Senhor está com vocês. Amém.

Fp 4.10-20 - Texto bíblico comentado

Paulo acompanhado por Jesus

Neste texto vemos o Apóstolo Paulo, que escreve, movido pelo Espírito Santo, para agradecer aos Filipenses por sempre terem estado do seu lado nos momentos bons e ruins.
Ele diz:

Fp 4.10-20 [10]Na minha vida em união com o Senhor, fiquei muito alegre porque vocês mostraram de novo o cuidado que têm por mim. Não quero dizer que vocês tivessem deixado de cuidar de mim; é que não tiveram oportunidade de mostrar esse cuidado. [11]Não estou dizendo isso por me sentir abandonado, pois aprendi a estar satisfeito com o que tenho.

O apóstolo agradece por todo apoio que aquelas pessoas têm lhe dado. Nos momentos difíceis, eles foram a sua força. E com isso Paulo nos dá também um grande exemplo: é necessário reconhecer e agradecer às pessoas que Deus coloca em nosso caminho, para nos ajudar.
Segue o apóstolo:

[12]Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco.

Aí está algo que precisamos aprender novamente: estar feliz em qualquer situação. A mídia quer nos fazer crer que as coisas dos outros são sempre melhores. Que a grama do vizinho é sempre mais verde. Que a casa daquele artista é melhor que a minha. Que o meu celular não presta mais e muito menos minha esposa ou meu marido...
Paulo aprendeu a estar feliz com o que tinha. E agradecia a Deus por tudo. E disse mais:

[13]Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação.

Aí está o segredo: com Cristo enfrentaremos os problemas e as tribulações. Talvez as tribulações estarão conosco a vida toda. Isso não significa que Deus nos abandonou. Se sofrimento fosse sinal de abandono de Deus, teríamos que tirar da Bíblia: Paulo, que sofreu muito, a viúva pobre, o profeta Jeremias e tantos outros, praticamente todos os primeiros cristãos e apóstolos, que foram mortos por causa de Cristo.
Mas hoje as pessoas esquecem que Jesus disse: “tome a sua cruz e me segue”. Elas querem gritar: eu não aceito isso, ou não aceito aquilo, e seguem dando ordens ao Senhor. Esquecem que Paulo disse que a força não vem de nós, mas de Cristo.
Segue o apóstolo com sua gratidão:

[14]Mesmo assim vocês fizeram bem em me ajudar nas minhas aflições. [15]Vocês, filipenses, sabem muito bem que, quando eu saí da província da Macedônia, nos primeiros tempos em que anunciei o evangelho, a igreja de vocês foi a única que me ajudou. Vocês foram os únicos que participaram dos meus lucros e dos meus prejuízos. [16]Em Tessalônica, mais de uma vez precisei de auxílio, e vocês o enviaram. [17]Não é que eu só pense em receber ajuda. Pelo contrário, quero ver mais lucros acrescentados à conta de vocês. [18]Aqui está o meu recibo de tudo o que vocês me enviaram e que foi mais do que o necessário. Tenho tudo o que preciso, especialmente agora que Epafrodito me trouxe as coisas que vocês mandaram, as quais são como um perfume suave oferecido a Deus, um sacrifício que ele aceita e que lhe agrada. [19]E o meu Deus, de acordo com as gloriosas riquezas que ele tem para oferecer por meio de Cristo Jesus, lhes dará tudo o que vocês precisam. 20Ao Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre! Amém!

E a gratidão final é a Deus, que acompanhou tanto Paulo, quanto aos filipenses. Todos agiram movidos por Cristo, pelo amor ao próximo.
Cabe a cada um de nós, olhar aos outros com o mesmo amor. Acompanhando os outros naquilo que pudermos. E sabendo também que Jesus está sempre acompanhando aqueles que são dele. Amém.

1Rs 19.1-18 - Texto bíblico comentado


Elias acompanhado por Deus

1Rs 19.1-18
[1]O rei Acabe contou à sua esposa Jezabel tudo o que Elias ha-via feito e como havia matado à espada todos os profetas do deus Baal. [2]Aí ela mandou um mensageiro a Elias com o seguinte recado: – Que os deuses me matem, se até amanhã a esta hora eu não fizer com você o mesmo que você fez com os profetas! [3]Elias ficou com medo e, para salvar a vida, fugiu com o seu a-judante para a cidade de Berseba, que ficava na região de Judá. Deixou ali o seu ajudante [4]e foi para o deserto, andando um dia inteiro. Aí parou, sentou-se na sombra de uma árvore e teve vontade de morrer. Então orou assim: – Já chega, ó Senhor Deus! Acaba agora com a minha vida! Eu sou um fracasso, como foram os meus antepassados. [5]Elias se deitou debaixo da árvore e caiu no sono. De repente, um anjo tocou nele e disse: – Levante-se e coma. [6]Elias olhou em volta e viu perto da sua cabeça um pão assado nas pedras e uma jarra de água. Ele comeu, e bebeu, e dormiu de novo. 7O anjo do Senhor Deus voltou e tocou nele pela segunda vez, dizendo: Levante-se e coma; se não, você não aguentará a viagem. [8]Elias se levantou, comeu e bebeu, e a comida lhe deu força bastante para andar quarenta dias e quarenta noites até o Sinai, o monte sagrado.

O que está acontecendo com o profeta Elias? Por que ele foge?
A resposta é simples: ele estava com medo...
Israel estava mergulhada na idolatria, sob o comando de Jezabel, esposa de Acabe e Deus tinha dado a Elias a tarefa de acabar com a idolatria. Para isso ele tinha desafiado os profetas de Baal e, depois de provar que apenas o Senhor é Deus, todos os profetas de Baal foram mortos e o povo prometeu abandonar a idolatria.
Mas Jezabel era idólatra e não ficou nada satisfeita com o acontecido.
Por isso o medo de Elias. Não é falta de confiança em Deus, mas o medo natural do ser humano ao sentir-se sozinho. Por isso ele vai ao Senhor no monte e...

[9]Ali ele entrou numa caverna para passar a noite, e, de repente, o Senhor Deus lhe perguntou: – O que você está fazendo aqui, Elias? [10]Ele respondeu: – Ó Senhor, Deus Todo-Poderoso, eu sempre tenho servido a ti e só a ti. Mas o povo de Israel quebrou a sua aliança contigo, derrubou os teus altares e matou todos os teus profetas. Eu sou o único que sobrou, e eles estão querendo me matar! [11]O Senhor Deus disse: – Saia e vá ficar diante de mim no alto do monte. Então o Senhor passou por ali e mandou um vento muito forte, que rachou os morros e quebrou as rochas em pedaços. Mas o Senhor não estava no vento. Quando o vento parou de soprar, veio um terremoto; porém o Senhor não estava no terremoto. [12]Depois do terremoto veio um fogo, mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo veio uma voz calma e suave. [13]Quando Elias ouviu a voz, cobriu o rosto com a capa. Então saiu e ficou na entrada da caverna. E uma voz lhe disse: – O que você está fazendo aqui, Elias? [14]Ele respondeu: – Ó Senhor, Deus Todo-Poderoso, eu sempre tenho servido a ti e só a ti. Mas o povo de Israel quebrou a sua aliança contigo, derrubou os teus altares e matou todos os teus profetas. Eu sou o único que sobrou, e eles estão querendo me matar!

Muitas vezes nós queremos ver coisas grandiosas. Esperamos por milagres espantosos e gigantescos, mas Deus raramente agiu assim. Aqui, com Elias, o Senhor poderia ter aparecido no vento for-te, no terremoto ou no fogo, mas não, o Senhor apareceu no vento suave.
Assim também aparece muitas vezes em nossas vidas: na brisa suave. Os terremotos da vida, as tempestades e o fogo que consome nosso ser estão por nos destruir. Mas ao pararmos e chegarmos ao Senhor, a brisa suave toca nosso rosto e nós somos renovados.
Assim foi com Elias. Ele estava desorientado e perdido, achava-se abandonado, mas algo acontece.

[15]Então o Senhor Deus disse: – Volte para o deserto que fica perto de Damasco. Chegando lá, entre na cidade e unja Hazael como rei da Síria. [16]Unja Jeú, filho de Ninsi, como rei de Israel e unja Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, como profeta, para ficar em lugar de você. [17]As pessoas que não forem mortas por Hazael serão mortas por Jeú, e todos os que escaparem de Jeú serão mortos por Eliseu. [18]Mas eu deixarei sete mil pessoas vivas em Israel, isto é, todos aqueles que não adoraram o deus Baal e não beijaram a sua imagem.

Elias ouve do Senhor: vá ungir outros profetas para estarem com você. Eles te ajudarão a acabar com a idolatria. Mesmo assim, saiba que há 7 mil fiéis.
Pra simplificar, este número 7 mil significa dizer: você não está sozinho Elias, ainda há uma multidão incontável de pessoas que são fiéis.
Assim também, na sua vida, pode parecer que existem muitos problemas, muitos terremotos, ventanias e fogo, mas o Senhor acompanha você assim como acompanhou a Elias, até o dia em que o levou para o céu, num redemoinho, acompanhado por cavalos e carruagem de fogo.
Nós não subiremos com fogo, mas o Senhor voltará para bus-car os que forem fiéis até o fim. Amém.

domingo, 27 de setembro de 2009

A pedra de moinho

Leia aqui o texto bíblico de Marcos 9.38-50


17º Domingo após Pentecostes 6.622

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).


Queridos irmãos em Cristo.

A Paz do Senhor esteja com todos vocês.

O versículo escolhido para nortear nossa meditação é o 42, de Marcos 9, que diz: "Quanto a estes pequeninos que creem em mim, se alguém for culpado de um deles me abandonar, seria melhor para essa pessoa que ela fosse jogada no mar, com uma pedra grande amarrada no pescoço."

Vocês têm noção do tipo de pedra que Jesus está falando? É uma pedra de moinho. E existem muitos tipos de pedra de moinho. Por exemplo, existe o moinho manual, que pode ser girado facilmente com uma alavanca. Esta pedra pesa poucos quilos.

Se fosse essa pedra, de poucos quilos, presa ao pescoço com uma corrente, alguém conseguiria se livrar do afogamento? Não. Esta pedra, de poucos quilos já acabaria com a vida da pessoa que pulasse na água.

Mas a pedra que Jesus sugere é outra. De um moinho bem maior. A pedra era tão grande, que para fazê-la girar eram usados animais. Um ou mais jumentos.

Se alguém ainda tinha dúvidas da gravidade do alerta do Senhor, acredito que aqui não há mais dúvidas. Se já é difícil sobreviver a uma pedra de moinho manual, como sobreviver à pedra de algumas toneladas? Nem era preciso cair na água. O simples puxão da pedra mataria a pessoa...

Estas palavras duras se dirigem as discípulos, porque eles tinham encontrado um homem expulsando demônios e, "porque ele não é do nosso grupo" os discípulos o proibiram.

Tendo feito isso, os discípulos atrapalharam o trabalho de alguém que estava plantando na obra do Senhor. Alguém que estava expulsando "demônios pelo poder do nome do senhor". Não em próprio nome, mas em nome de Jesus Cristo. O nosso Senhor.

A Palavra do Senhor nos lembra que nós, não somos os donos do Senhor Jesus. Pelo contrário, nós é que somos dele, por que ele nos comprou com sua morte na cruz.

Mas pode acontecer que surja a inveja entre nós, ao vermos outros falando do Senhor e sendo ouvidos. Pode ser que pensemos que eles estão usurpando um direito nosso. Mas o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo diz: "Por isso precisam compreender que ninguém ... pode dizer "Jesus é Senhor", a não ser que seja guiado pelo Espírito Santo." (1Co 12.3). E então é muito importante o testemunho de todos. De cada um que é cristão também o nosso, como cristãos luteranos.

Entretanto ninguém está realmente servindo o Senhor, quando afasta as pessoas de Jesus. Por exemplo, não adianta fazer um batismo "em nome do Senhor" dentro de um centro de macumba. Além de ser inútil, ainda é heresia e deboche contra o Senhor que nos deu o batismo.

Da mesma forma, falsos mestres vão aparecer sempre e invocarão no nome do Senhor para fazer seus supostos milagres. Mas não são do Senhor e nem mesmo estão guiando as pessoas ao Senhor. Pelo contrário, usam a Palavra do Senhor...

Vejam o alerta de Jesus: "aparecerão falsos profetas e falsos messias, que farão milagres e maravilhas para enganar, se possível, até o povo escolhido de Deus. Prestem atenção!" (Mc 13.22-23).

Sendo assim, como entender o texto de Marcos 9? É simples, a vida do servo do Senhor é reta e não é simplesmente por chamar o nome do Senhor, ou por fazer milagres, que é realmente um discípulo de Jesus. É muito mais do que isso.

O próprio Senhor lembra: "Não é toda pessoa que me chama de 'Senhor, Senhor' que entrará no Reino do Céu, mas somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu. Quando aquele dia chegar, muitas pessoas vão me dizer: 'Senhor, Senhor, pelo poder do seu nome anunciamos a mensagem de Deus e pelo seu nome expulsamos demônios e fizemos muitos milagres!' Então eu direi claramente a essas pessoas: 'Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!'" (Mt 7.21-23). Aí está a chave da compreensão do texto.

Realizar milagres não prova que você é enviado por Deus. Dizer que tem revelações também não é prova alguma. Ser conhecido como aquele que tem a oração poderosa muito menos. Falar em línguas não significa nada. Pois "somente quem faz a vontade do meu Pai, que está no céu" é terá a vida eterna.

O problema registrado em Marcos 9.38-50 é a preocupação dos discípulos de que aquela pessoa não fazia parte do grupo deles. Não era daquele grupinho fechado. E achavam que estava usurpando o nome de Jesus. Mas muito pelo contrário, aquele homem foi um cooperador na obra do Senhor. Ajudando pessoas e fazendo a vontade do Pai.

Assim, os discípulos é que estão atrapalhando o reino de Deus. Eles é que deveriam pular na água com uma pedra de moinho ao pescoço.

Somos uma igreja cristã. Somos de Jesus. Filhos de Deus. Mas não somos os donos da verdade e não somos os únicos que creem em Cristo. Também não somos os únicos que vão pro céu. Aliás, quem garante que todos aqui vão pro céu? Vai pra vida eterna quem é do Senhor e faz a vontade do Pai. Vai pro céu quem for acolhido pelo Senhor, pela fé em Jesus.

Aí viramos nossos olhos para os outros personagens do evangelho de hoje. Aqueles que foram ajudados pelo homem que expulsava demônios. Os "pequeninos que creem" em Jesus.

Jesus quer acolher a todos. Ele acolheu também àqueles pequeninos por meio do testemunho daquele homem que não teve sequer seu nome mencionado. Mesmo sem sabermos o seu nome, ele foi um verdadeiro discípulo, que acolheu aos irmãos.

Por outro lado, os discípulos estavam fazendo as pessoas tropeçar, pois estavam criando uma divisão, como se existissem os discípulos de primeira classe (o grupo deles) e os outros.

E então vem o alerta muito sério de Jesus:

"Se uma das suas mãos faz com que você peque, corte-a fora! ... Se um dos seus pés faz com que você peque, corte-o fora! ... Se um dos seus olhos faz com que você peque, arranque-o! Pois é melhor você entrar no Reino de Deus [sem a mão, ou o pé ou o olho do que estar perfeito fisicamente] e ser jogado no inferno." (Mc 9.43,45,47).

Jesus não quer que ninguém se mutile. Aliás, se nós fôssemos cortar tudo que nos faz pecar, começaríamos pela cabeça, pois é do cérebro que saem os pensamentos ruins.

Jesus está usando hipérboles. Assim como dizemos: "eu poderia comer um boi" e não podemos comer. Mas entende-se que estamos com muita fome. Assim Jesus fala da pedra de moinho e de cortar partes do corpo.

Ele está dizendo: não brinquem com o pecado!

Como um pai diz para seu filho não brincar com o perigo. Assim como um dependente de drogas carregar consigo sempre um punhado da droga, mesmo que prometa não usar.

É como fazer uma roleta russa. Conhecem o termo? Deixa-se apenas uma bala no tambor da arma de seis ou sete tiros. Aí gira-se o tambor até que pare sozinho. Aponta-se a arma pra cabeça e se puxa o gatilho pra ver se está com sorte.

No caso do pecado, brincar com ele é como fazer roleta russa, mas não com uma bala no tambor. Brincar com o pecado é colocar todas as balas no tambor, girar, apontar pra cabeça e disparar esperando que a bala não saia.

O pecado é coisa séria. E se Jesus foi tão duro no alerta aos discípulos, foi também para nos ensinar da gravidade de conscientemente cair em pecado ou fazer alguém outro afastar-se do Senhor. É melhor amarrar a tal pedra, porque assim, morrendo o transgressor, menos pessoas serão desviadas.

Como última coisa, lembre-se que Jesus quer acolher a todos. A mim e a vocês também. A todas as pessoas de nosso bairro e do mundo.

O pecado é grave, mas o Senhor nos livra das tentações e perdoa os pecados. Assim como ele continuou com seus discípulos, ele continua conosco diariamente. Os discípulos, depois de aprenderem o que realmente importa, foram grandes mensageiros do Reino de Deus.

Somos do Senhor! Que possamos ser também úteis instrumentos do Senhor e ter a alegria de guiar outros pequeninos até ao Pai e juntos ter a vida eterna. Amém.


E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7)

Pastor Jarbas Hoffimann – Nova Iguaçu-RJ

Glórias Somente a Deus

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Marcos 9.38-50 - Exegese


Mais uma exegese, para auxiliar no estudo bíblico, de Marcos 9, versículos 38 a 50.
Você pode ler neste Mc 9.38-50.

No fim de semana publicarei o Sermão.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

humildade infantil

Humildade infantil


16º Domingo após Pentecostes


Texto bíblico: Mc 9.30-37


Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).


Queridos irmãos em Cristo.

A Paz do Senhor esteja com todos vocês.

Imaginem a situação:

São 12 funcionários esperando uma promoção. Todos eles estão no mesmo nível. Têm capacidades e formação parecidas. E o chefe, pensam eles, vai escolher um para o comando.

Ou então:

Um prefeito e 12 vereadores do mesmo partido. Está chegando a campanha e os vereadores pensam: o prefeito vai sair e alguém precisa tomar o seu lugar. Ou um vice em sua chapa, pelo menos. Os vereadores ao seu lado são capazes, mas quem será escolhido para governar?

Agora voltem seus olhos para Jesus e seus 12 discípulos. É claro que o Senhor nunca foi um empresário. Muito menos prefeito. Mas estas duas situações talvez nos façam entender melhor o que aconteceu naquele dia registrado em Marcos 9.30-37.

Havia uma disputa por poder. Talvez motivada pelo fracasso de Bartolomeu, Judas, Felipe, Mateus, Tomé, Tiago filho de Alfeu, Simão, André e Tadeu! Eles falharam em libertar o menino de um espírito mau, porque confiaram em suas próprias forças (Marcos 9.14-29).

Talvez a disputa ainda tenha outros ingredientes, como o fato de Jesus ter escolhido Pedro, Tiago e João para presenciar sua transfiguração. Talvez os demais discípulos tenham visto isso como um gesto de que Jesus gostava mais daqueles discípulos.

Talvez ainda a motivação fosse os exemplos externos. Os outros mestres que andavam por ali. Aqueles mestres juntavam seus discípulos, os ensinavam e depois cada discípulo se tornava um mestre, vivendo de seus ensinos e buscando a fama entre todos os outros. Assim eram os mestres de então.

Mas Jesus era um mestre diferente. Ele nunca ensinou com o objetivo de ser famoso. Ao contrário, muitas vezes exigiu silêncio sobre seus milagres. Ele também não preparou seus discípulos para serem simplesmente novos mestres de um povo perdido. Jesus veio falar do Reino de Deus, Reino prometido já no jardim do Éden, quando Deus diz à serpente: "eu farei com que você e a mulher sejam inimigas uma da outra, e assim também serão inimigas a sua descendência e a descendência dela. Esta esmagará a sua cabeça, e você picará o calcanhar da descendência dela." (Gênesis 3.15). E este descendente veio: é Jesus Cristo, o Messias prometido.

Aqui em Gênesis temos apenas uma das tantas promessas de salvação ao pecador. E foi para ser nosso Salvador que Jesus veio. E veio anunciando que o Reino de Deus está próximo.

Parte do anúncio do Reino era avisar sobre sua morte e ressurreição. E isso Jesus faz quando ia com os seus discípulos para a Galileia. A Palavra do Senhor nos diz que os discípulos "não entendiam o que Jesus dizia, mas tinham medo de perguntar". (v. 32).

Parece que os discípulos estavam mais preocupados em saber quem era melhor do que o outro. Queriam saber qual deles era o mais importante. Mas importante como?

O pedido de Tiago e João nos ajuda a entender o que estavam pensando: "Quando o senhor sentar-se no trono do seu Reino glorioso, deixe que um de nós se sente à sua direita, e o outro à sua esquerda." Assim registra Marcos 10.37. E aqui claramente Tiago e João aparecem querendo ser importantes no Reino que viria. Talvez eles estivessem cheios de confiança por terem visto pessoalmente a transfiguração de Jesus. E vão pedir antes que outros peçam.

Parece a situação de uma festa infantil: a gente chega e tá tudo pronto, esperando o momento dos parabéns. Todos sabem que os doces são par depois, mesmo assim fica todo mundo se vigiando, porque se alguém pegar primeiro, eu posso também. Assim se justifica um erro, culpando outra pessoa.

Essa atitude de superioridade aflora várias vezes entre os discípulos. E, pelo menos uma vez, os discípulos se julgaram melhores que outros seguidores de Jesus.

Em Marcos 9.38-41 aparece outra pessoa expulsando demônios em nome de Jesus. E os discípulos o proíbem, afinal, como dizem eles: "ele não é do nosso grupo". (Mc 9.38).

O que será que passou pela cabeça dos discípulos?

—Nós não conseguimos salvar ajudar menino, agora vem esse consegue libertar outros! Mais um para concorrer conosco no Reino do Senhor? Essa não! Já somos 12... Que reino tem 12 chefes?...

Estas três situações:

os discípulos querendo saber quem era mais importante.

Tiago e João querendo ser mais importantes.

E os discípulos proibindo um homem que ajudava em nome do Senhor Jesus...

Aparecem registradas em Marcos, capítulos 9 e 10.

Os olhos dos discípulos estavam tão concentrados na glória do Reino, que esqueceram o que Jesus anunciou em Marcos 9.30-32: —O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele ressuscitará."

Essa morte e ressurreição supera qualquer desejo de "status". Pois mais importante do que títulos de nobreza é a salvação eterna. Mais importante que uma vida cheia de facilidades financeiras é ter Jesus. E foi a Salvação que Jesus conquistou ao morrer e ressuscitar.

Para acabar com as discussões tolas, Jesus toma uma criança como exemplo. Ele diz: "Aquele que por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará também me recebendo." (v. 37).

Num primeiro momento parece que Jesus está falando sobre a criança, mas não é! A ênfase está na atitude de receber ou não ao próximo. Em amor, humildade, paciência, domínio próprio...

Quem recebe a criança não espera nada em troca. A criança não tem poder, ou dinheiro, ou amigos influentes. A criança não dará sorrisos amarelos só pra agradar, nem se contentará com falsa bajulação, apenas pra conseguir favores.

Na criança Jesus acaba com a discussão ensinando que os cristãos vivem em amor ao próximo e não na busca inútil de importância aos olhos do mundo.

Quem é importante? É aquele que serve! Aquele que recebe o irmão ou recebe aquele que quer se tornar nosso irmão!

Servimos como o Senhor Jesus nos serviu primeiro. Morrendo para nos dar a Salvação.

Jesus é o nosso exemplo e nosso Salvador. Somos por ele recebidos como crianças. E quando acolhemos o próximo, acolhemos o Senhor Jesus e o próprio Deus em nossa vida.

Taí algo em que concentrar esforços: no amor ao próximo e no amor a Deus por nós. Disso vocês jamais se arrependerão. Amém.


E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus. Amém. (Fp 4.7)

Pastor Jarbas Hoffimann – Nova Iguaçu-RJ

Glórias Somente a Deus

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Crescendo em Fé - Aula 4

  Aula 4 Leitura Bíblica: Semana 4 Salmo 104, 105; Provérbios 23 Salmo 106, 107; Provérbios 24 Salmo...