Cl 2.6-19
9º Domingo após Pentecostes
Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a presença do Espírito Santo estejam com todos vocês! (2Co 13.13).
Sl 138; Gn 18.20-33; Cl 2.6-19; Lc 11.1-13.
A Paz do Senhor esteja com todos vocês. Amém.
Nesta semana mais uma tragédia se abateu sobre o Brasil. Mais uma vez no Rio Grande do Sul. Desta vez foram fortes ventos. Arrasaram boa parte da cidade de Canela.
Na Bíblia temos também o relato de outros ventos.
“De repente, veio do céu um barulho que parecia o de um vento soprando muito forte e esse barulho encheu toda a casa onde estavam sentados.” (At 2.2). Este vento é o anúncio da vinda do Espírito Santo, em Pentecostes.
“Pedro saiu do barco e começou a andar em cima da água, em direção a Jesus. Porém, quando sent iu a força do vento, ficou com medo e começou a afundar.” (Mt 14.29-30). O vento perturbou Pedro e ele tirou os olhos de Jesus, por isso começou a afundar. Ele parou de confiar no Salvador e começou a ter medo do vento.
Mas há outros ventos, dos quais a Bíblia nos alerta.
Paulo, falando aos cristãos de Éfeso, alerta para os falsos ensinamentos dizendo: “Então não seremos mais como crianças, arrastados pelas ondas e empurrados por qualquer vento de ensinamentos de pessoas falsas. Essas pessoas inventam mentiras e, por meio delas, levam outros para caminhos errados.” (Ef 4.14). O apóstolo chamava a atenção para que as pessoas permanecessem em Cristo.
E usa um exemplo bem conhecido de todos: o vento. Vento que derruba casas. Que move navios e muda montanhas de lugar. Este é o exemplo dos ventos de ensinamentos falsos.
Como os ventos levam navios para longe, assim os ventos de falsas doutrinas podem levar os cristãos para longe de Cristo.
A fé Cristã, ao contrário do vacilante vento, repousa sobre a Rocha Eterna que é Jesus Cristo. A pedra principal da construção. A pedra que os construtores rejeitaram, porque pensaram ter coisa melhor.
Os ventos podem até mudar um morro de lugar, mas jamais mudarão uma montanha de rocha. E as falsas doutrinas podem até balançar o cristão, mas se estamos bem firmados em Jesus, nosso pé não vacilará jamais.
Entre os Colossenses começava a soprar um vento muito forte. Eles estavam dando ouvidos a uma séria distorção do Evangelho ensinado por Epafras. Então, Epafras vai a Paulo, em sua prisão e conta o que estava acontecendo. Dali mesmo o apóstolo escreve orientando os cristãos daquela igreja.
As heresias proclamadas falavam que Jesus não era o verdadeiro Deus, mas um tipo de deus menor, que deveria ser adorado junto com outros poderes espirituais. Negavam que Jesus era verdadeiro Deus, negavam sua encarnação e negavam que pudesse ter morrido pelos pecados da humanidade.
Diziam que a obra de Cristo era incompleta e que as pessoas precisavam buscar conhecimento para terminar o serviço. Era um tipo de conhecimento esotérico que seria guiado pelos anjos.
O pior destas doutrinas é que elas não queriam acabar com o Evangelho, mas queriam completar os ensinos dos apóstolos. Como se fosse necessário algo a mais.
Eram ventos suaves, soprando como brisas, mas que, como ventos reais, podem escavar na montanha, criando enormes desfiladeiros. Eles diziam: Jesus fez muito bem, mas ainda precisamos de mais.
Assim introduziam as falsas doutrinas que estavam arrastando muitas pessoas. E Paulo é enfático: “Portanto, já que vocês aceitaram Cristo Jesus como Senhor, vivam unidos com ele. Estejam enraizados nele, construam a sua vida sobre ele e se tornem mais fortes na fé, como foi ensinado a vocês. E deem sempre graças a Deus.” (Cl 2.6-7).
Fora isso, quero ainda destacar os últimos versículos, pois sempre de novo alguém aparece fazendo o que os falsos mestres queriam fazer na igreja de Colossos.
Diz o apóstolo: “que ninguém faça para vocês leis sobre o que devem comer ou beber, ou sobre os dias santos, e a Festa da Lua Nova, e o sábado.” (Cl 2.16) ... “Não deixem que ninguém os humilhe, afirmando que é melhor do que vocês porque diz ter visões e insiste numa falsa humildade e na adoração de anjos.” (Cl 2.18).
Sempre novamente há gente para trazer um novo ensinamento.
Há 15 anos se condenava a água benta da igreja católica, hoje, se sobe os montes com um galão de 20 litros nas costas, para depois vender a água a R$ 100,00 a garrafinha.
Fora as orações feitas com um copo d’água que depois é bebido para dar saúde e livramento.
Antes o problema eram os trabalhos por isso se tinha sessões de descarrego. Agora o problema é o dinheiro, por isso correntes para melhorar de vida.
Antes se exigia dos novos cristãos que tivessem visões, ou falassem em línguas, para provar que foram batizados no Espírito Santo, agora, basta fazer um voto/compromisso/propósito de oferta que tá tudo resolvido. Pelo menos até o vento mudar novamente.
Tais ensinamentos são volúveis e vão conforme a maré, ou conforme os ventos. São profetas que falam o que as pessoas querem ouvir e não o que elas precisam ouvir.
Assim como aconteceu nos dias de Jeremias. Ele anunciava que o povo de Israel deveria voltar-se para Deus, mas o povo preferia ouvir o falso profeta Hananias, como conta o verdadeiro profeta Jeremias:
“Hananias tirou a canga que estava no meu pescoço, quebrou-a em pedaços e, na presença de todo o povo disse o seguinte: — O Senhor Deus disse que é assim que ele vai quebrar a canga que o rei Nabucodonosor pôs no pescoço de todas as nações. Ele fará isso dentro de dois anos.” (Jr 28.10-11).
Jeremias continuou proclamando a verdade, porque estava firmado na Rocha Eterna. Mas o povo cada vez mais se afastava de Deus, dando ouvidos a Hananias e outros falsos mestres. Até mesmo o rei virou as costas para Deus. Por fim, todo o povo foi levado cativo e apenas Jeremias foi deixado para registrar a desgraça anunciada por tanto tempo.
Hoje vivemos rodeados de ventiladores de falsas doutrinas. São milagres se multiplicando, mas não são milagres de Deus. São homens tomando o lugar de Jesus e sendo adorados por sua capacidade de falar e pelo seu suor tido como milagroso. Todos estes, se não se arrependerem, como Hananias serão derrotados.
Ficará para sempre a Palavra do Senhor que nos diz que existe um só caminho para a vida eterna. Este é Jesus Cristo. O que passar disto é obra do maligno. Não precisamos de amuletos, mandingas, toalhas, rosas, canetas e celulares consagrados. Não precisamos de novos ensinamentos. Precisamos daquilo que o Senhor sempre nos ofereceu: o perdão e a vida eterna para todo aquele que crê em Jesus Cristo.
Creia em Jesus e você será salvo. Fique com a rocha. A Rocha Eterna. Amém.
E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guardará o coração e a mente de vocês, pois vocês estão unidos com Cristo Jesus.” (Fp 4.7)
Pastor Jarbas Hoffimann – Nova Iguaçu-RJ
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