Vivemos
numa época em que as pessoas estão gastando pequenas fortunas para comprar uma
“bike”. Sobre o preço, a política de impostos tem muita culpa. Há 44,5% de
impostos, que elevam o preço da bicicleta em 80,3% (segundo dados de
“oglobo.com”). Ou seja, se uma “bike” sai da fábrica a R$ 1.000,00, pode chegar
às suas mãos por R$ 1.803,00, fora o frete.
Apesar
disso, expressões como “vou fazer um pedal” têm se tornado comum. Eventos que
juntam ciclistas, como aconteceu em alguns anos, por ocasião da celebração de
“Nossa Senhora Aparecida” estão juntando centenas de ciclistas “profissionais”
e amadores, adultos e crianças, jovens e idosos... Há todo um incentivo para
que se faça exercícios. Aí também tem gente que prefere a caminhada, ou a
corrida.
No
meio disso, aparece também a discussão da mobilidade urbana. Dizem que é melhor
abandonar o carro e ir de bicicleta ou à pé. As montadoras de veículo já
começam a se preocupar, porque os jovens já não sonham com sua moto ou carro.
Estão preferindo “ir de bike”. E olha que nem temos estrutura para as
bicicletas circularem. Não há bicicletários em prédios públicos. Não há lugar
para você deixar sua bicicleta em segurança, enquanto faz suas tarefas.
Ciclovias ou ciclo faixas, então, são sonhos distantes. Pior ainda, Nova
Venécia tem pelo menos dois bairros onde o acesso seguro só pode ser feito de
carro, moto, ônibus. Não se pode ir à pé ou de bicicleta, sem correr algum
risco. Falo do bairro Bela Vista e o São Cristóvão e todos os novos bairros nessa
região. Há outros, mas me parece que estes estão em maior risco.
Você
já percebeu que para esses bairros não há acesso à pé ou de bicicleta que não
passe pelo meio da rua? Ou por beiras de estrada espinhosas, acidentadas e
arriscadas? E alunos que estudam no São Cristóvão se arriscam entre carros e
poeira para ir de casa para a escola e voltar.
Acredito
que devamos ter mais acesso para bicicleta. É “o futuro”. Entretanto, querer
uma ciclovia no centro, quando os trabalhadores ainda não conseguem nem chegar
em casa em segurança, parece um contrassenso. Mas se queremos melhorar não
precisamos esperar pelo poder público. Será que nós mesmos não podemos fazer
algo? Há tantos ciclistas. Quem sabe juntam pessoas que saibam como fazer,
fazem um projeto, apresentam para a prefeitura e, sendo liberado, partem para a
execução, com apoio da própria sociedade. Aí, além da boa saúde, ainda
ajudaríamos mais nossa população. Não precisa ser “autoridade” para trabalhar
para o povo. É uma ideia.
Caminhos
adequados são muito importantes.
Pode
parecer meio bobo, mas as estradas tiveram que ser inventadas. Uma das causas
da grande e rápida propagação do evangelho de Jesus Cristo, foi que quando todo
aquele evento aconteceu, os romanos tinham acabado de inventar as estradas
pavimentadas, que ligavam Roma ao resto do mundo. Daí o ditado: “todos os
caminhos levam à Roma”. Ter estradas adequadas é importante e conhecer a
estrada, também é importante.
Jesus
é chamado de “o” caminho. Ele mesmo contou a história de que em um caminho
perigoso, um bom samaritano ajudou um homem que foi assaltado e espancado. O
caminho que seguimos é também o lugar de fazer o bem. A todos. Isso é seguir
Jesus: ajudar o próximo a ter melhores caminhos e não ser uma “pedra de
tropeço”.
Jarbas Hoffimann
é formado em Teologia
e pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil,
em Nova Venécia.www.facebook.com/pastorjarbas
e pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil,
em Nova Venécia.www.facebook.com/pastorjarbas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente... Compartilhe...