O casamento real do príncipe britânico com a plebeia, mais parece um conto de fadas, cercado de assombrações e de uma pressão para que seja diferente dos capítulos anteriores, que culmine num “felizes para sempre”. Para alguns, os milhões que envolvem esta cerimônia, são um grande desperdício para a Inglaterra, mesmo grande parte do custo saindo da fortuna real. Mas, o país tem muito a ganhar com este casamento, primeiro porque milhões serão movimentados em função deste evento com turismo, vendas de lembranças, etc – estima-se que um terço da população mundial estará de olho na cerimônia. Também a futura sucessão do trono britânico, o sucesso ou fracasso da continuidade desta cerimônia, podem afetar positiva ou negativamente toda uma nação e economia. Investimento em casamento continua sendo um bom negócio, não para contos de fadas, mas para a vida prática; não só para glamorosos eventos, mas para aqueles que acontecem inclusive no anonimato. É o melhor investimento porque é através dele que se forma toda uma base para realizações, plena felicidade, ética, família e estrutura para novas gerações. E como bem se sabe, é da família que provém todo o reflexo/base na sociedade. De um investimento bem feito, todos ganham! E se o casamento hoje é visto por muito apenas como um conto de fadas, uma estória de faz de conta, um fardo, uma cruz que se foge, é porque na prática, os bons costumes têm sido ignorados. Os reais valores que envolvem uma relação com o próximo mais próximo, passam por um bom investimento: amor, confiança cumplicidade. Sem estes, não há relação que dure – não importa sob qual circunstância aconteça. Infidelidade, mentira, fingimento, imaturidade, continuam sendo os fantasmas que assombram não só o casamento de Willian e Kate, mas de todas as pessoas, de cada relação de compromisso que se estabelece. Não há maior valor do que quando cônjuges aprendem a dar as mãos: reconhecendo erros, perdoando, mas especialmente unindo em oração. Segundo o Teólogo M.C. Warth, no Livro A ética de cada dia: “onde há perdão, não há motivo para adultério” Casamento que traz lucro é aquele, que mesmo sendo humilde, longe das lentes de alta definição, tenha respeito e ambos se tratem como rei e rainha. Onde se busque fazer feliz a pessoa que ama. Um exemplo aprendido da relação divina para com todos: “Deus nos ama, não porque somos preciosos, mas somos preciosos, porque Deus nos ama” (Warth). O valor não está no quanto gasta, mas na qualidade que qualquer investimento possa trazer, ganha um, ganha dois, ganham todos! Este sim é a base para um ‘felizes para sempre’.
Márlon Hüther Antunes
Teólogo e Pastor da Igreja Luterana em Maceió-AL
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