A psicóloga Carla Lauffer, na palestra que assisti “Felicidade Autêntica” (baseada no livro do mesmo nome de Martin Seligman), explica que “ser feliz” tem grande relação com a maneira de se enfrentar os problemas. “Os pessimistas têm um modo pernicioso de explicar seus reveses e frustrações, enquanto os otimistas têm uma força que lhes permite interpretar os reveses como resultantes de circunstâncias temporárias”. Entendo que neste mundo onde todos indistintamente passam por situações ruins, o segredo da felicidade está na “esperança”. E aqui entra o meu campo, a religião. Porque segundo pesquisas sobre os efeitos psicológicos da fé, as pessoas religiosas são fisicamente mais saudáveis e vivem mais tempo. Isto quer dizer que pessoas religiosas são mais felizes, e se são mais felizes é porque têm esperança. No entanto, creio que dependendo da religião a pessoa pode ser extremamente infeliz.
A Bíblia fala bastante sobre a felicidade. Diz que quem confia em Deus é feliz (Provérbios 16.20). Jesus, depois de mencionar as famosas “bem-aventuranças” (ou “a verdadeira felicidade” na Bíblia da linguagem de hoje), lembra:
“Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês” (Mateus 5.12).Mas será que o cristão deve enxergar tudo na expectativa do céu? E as conquistas aqui neste mundo terreno? Na verdade, não é preciso se desligar das coisas materiais para ser feliz – ter uma vida contemplativa. Como explica a antropóloga, é preciso equilíbrio. Uma harmonia que tem um segredo: confiança em Deus. É nesta direção que Jesus explica, após falar das bem-aventuranças:
“Não fiquem preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará as suas próprias preocupações” (Mateus 6.34).Se alguém me perguntar: Marcos, tu és feliz? Responderei: Sim, eu sou feliz! Não só pela certeza daquilo que me está reservado lá do outro lado, mas por tantas coisas do lado de cá. Aliás, “contentamento” vem daquilo que disse o apóstolo:
Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação (Filipenses 4.12).Marcos Schmidt
Pastor luterano
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo-RS
06 de novembro de 2008
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