A gente sabe, no assunto “retidão” ninguém ganha o jogo. “Todas as nossas justiças são como um trapo de imundice” (Is 64.6), acusa a Bíblia num tempo igual ao de hoje. Não é preciso árbitro de vídeo. Nossas palavras e ações, no primeiro e segundo tempo, são provas incontestáveis que todos cometemos faltas. Seria o fim da partida quando “Deus é um juiz justo” (Sl 7.11). No entanto, existe salvação nos acréscimos finais para mudar o placar: “Mas agora, pelo sacrifício de Cristo, Deus mostra que é justo. Assim ele é justo e aceita os que creem em Jesus” (Rm 3.26).
Esta boa notícia dos céus não apenas perdoa, mas também transforma. Por isto, aquele que crê na justiça divina também vive a justiça humana. Não foi o que aconteceu no tempo de Amós: “Vocês têm ódio daqueles que defendem a justiça e detestam as testemunhas que falam a verdade (...) Vocês maltratam as pessoas honestas, aceitam dinheiro para torcer a justiça” (Am 5.10-13). A Bíblia está cheia de histórias parecidas com a Lava-Jato e com toda a sujeira que vivemos. Ela não acoberta a corrupção do “povo de Deus”, de reis, governantes, juízes, sacerdotes, time que deveria jogar limpo.
Neste mundo de falsidade, permanece a tarefa de apontar para Cristo, o justo. E seguir a recomendação: Sejam a luz do mundo.
Marcos Schmidt
pastor luterano
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