terça-feira, 24 de julho de 2018

Quem vou escolher?

     É o ano da indecisão. Alguns pré-candidatos para Presidente do Brasil não sabem o que fazer: “Vou ou não vou”. Um juiz e um apresentador de televisão já disseram: “Eu não”. Outro está preso e a incerteza está solta. Enquanto isto, a maioria dos eleitores não sabe em quem votar. Tanto que alguns já decidiram anular o voto diante da dúvida.
     É o começo da tragédia. Nestas horas surgem os espertos, incompetentes, desonestos. Um deles pode ser o nosso presidente, deputado, senador, governador. Aliás, esta gente má, que sabe o que fazer, vem liderando o País, dando as ordens, cuidando do nosso dinheiro, dirigindo a nossa vida (e também a nossa morte). Tudo porque não sabemos o que fazer.
     A convicção, no entanto, não garante boas escolhas. “Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte” (Pv 14.12). Por isto o recado bíblico: “Quem tem juízo toma cuidado a fim de não se meter em dificuldade, mas o tolo é descuidado e age sem pensar” (Pv 14.16).
     Temos 75 dias para escolher o nosso futuro. Depois disto, eles terão quatro anos para escolher o nosso presente. Então, o que fazer? Primeiro, não misturar religião com política, isto traz muita confusão. Outra dica sábia quanto aos requisitos dos “sacerdotes” das coisas públicas pode estar nos predicados para os sacerdotes das coisas celestiais: “Deve ser um homem que ninguém possa culpar de nada. Deve ter somente uma esposa, ser moderado, prudente e simples (...) Não pode ser chegado ao vinho, nem briguento, mas deve ser pacífico e calmo. Não deve amar o dinheiro. Deve ser um bom chefe da sua própria família e saber educar os seus filhos de maneira que eles lhe obedeçam com todo o respeito” (1Tm 3.2-4). Claro, só Cristo é perfeito, é nele e por ele que alguém recebe boas qualidades (Gl 3.27). Mas, certos atributos não podem faltar naqueles que decidem a nossa vida. Então, sejamos decididos e inteligentes.

Rev. Marcos Schmidt
pastor luterano
Novo Hamburgo

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