Histórias como estas espantam porque vêm dos Estados Unidos. Se viessem da África, da China, ou mesmo daqui do Brasil, seriam apenas mais algumas entre tantas. Mas é isto que nos faz pensar e até sentir pavor. Porque ninguém está blindado a este tipo de situação — de gente que tinha tudo e agora encontra-se largado nas ruas. Deve ser a pior coisa do mundo não ter um lugar onde morar. Lembro de Jesus que reclamou:
As raposas têm as suas covas, e os pássaros os seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (Mateus 8.20).Interessante que até nisto o Salvador se identifica, ele que veio para socorrer as pessoas da dívida dos pecados, e que prometeu:
Não fiquem aflitos, na casa do meu Pai há muitos quartos, e eu vou preparar um lugar para vocês (João 14.1-2).A diferença é que Jesus privou-se do conforto da casa celestial sem ter nenhuma culpa, enquanto que nós aqui sofremos por irresponsabilidade própria, por querer dar o passo maior que a perna.
E se o assunto é ganância e suas conseqüências, vem à mente a advertência divina ao povo de Israel no tempo do profeta Amós:
Por isso, vocês não vão morar nas casas luxuosas que construíram (Amós 5.11).O texto bíblico explica:
vocês exploram os pobres, cobram impostos injustos, maltratam as pessoas honestas, aceitam dinheiro para torcer a justiça e não respeitam os direitos dos pobres.Chama atenção a contemporaneidade das palavras:
“as ruas ficarão cheias de gente chorando” (5.16).Não quero dizer com isto que todos os que perdem as suas casas são gente má. Como nos terríveis furacões, maus e bons são afetados. No entanto, os motivos do quebra-quebra nos Estados Unidos estão evidentes.
São exemplos nesta bolha terrena onde tudo é instável. Mas são oportunidades para buscar o significado das palavras proféticas:
Taparei as rachaduras das paredes e levantarei a casa que estava em ruínas, e ela ficará como era antes (Amós 9.11).Marcos Schmidt
Pastor luterano
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo-RS
02 de outubro de 2008
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