terça-feira, 19 de julho de 2011

Faria tudo de novo


Eu faria tudo de novo!
Esta frase revela coragem e convicção. Mas, dependendo do caso, revela também comodismo, maldade e covardia.

No dia 23 de março, um desentendimento entre uma professora e uma aluna, em Porto Alegre, acabou em agressões físicas. A aluna bateu na professora! Agrediu de tal maneira que houve traumatismo craniano!

A professora de 25 anos foi internada e para arrepiar os cabelos de toda a sociedade, a menina admite: "Fiz e faria tudo de novo!"

É possível fazer uma analise mais apurada do fato e até mesmo uma reconstituição – no entanto, independente de a professora ter agido correta ou incorretamente, independente que tenha sido estúpida e até mesmo preconceituosa, nada justifica tamanha agressão. Por isso, a frase dita pelo jovem revela a inexistência do mínimo de respeito e compaixão. Afinal, mesmo sabendo da gravidade de sua agressão, mesmo sabendo do estrago feito, mesmo tendo tido tempo para avaliar ações e reações, ela reafirma: "Fiz e faria tudo de novo!"

O que fazer com pessoas assim? Colar uma fita na boca, como fez a professora com o seu aluno em Caxias? Enrolar o ser agressivo com cordas? Algemar? Não! É claro que não! No entanto, não podemos simplesmente fechar os olhos! Fazer que não estamos vendo!

Penso que grande parte das mazelas sociais são conseqüências de uma crise de autoridade. Biblicamente, os pilares da autoridade estão no 4º Mandamento, onde Deus exige que honremos nossos pais e superiores – inclusive professores. Exatamente nesse mandamento, Deus promete algo especial. Ele diz: "Honrarás teu pai e a tua mãe (autoridades), para que vás bem..."!

Notem, Deus afirma que, caso houver bom uso da autoridade e respeito para com ela, viveremos muito bem. No entanto, quando não acontece dessa maneira, quando há autoritarismo, permissividade, desonra, etc., então as coisas vão mal!

Numa época em que os valores estão sendo destruídos é conveniente pedirmos arrependimento, algo que do fundo do coração leve pais e filhos, professores e alunos a dizerem: "Eu fiz! Mas não pretendo fazer de novo!" Algo que redirecione nossas ações.

O ódio provoca brigas, mas o amor perdoa todas as ofensas. (Pv 10.12). Não nos enganemos, na Escola da Vida, Jesus, o Mestre dos Mestres, também foi cuspido e agredido. Mas, no seu infinito amor ele diria olhando para a cruz: "Eu fiz e faria tudo de novo!"

Que o seu amor nos fortaleça e que seguindo seus passos, lutemos por dias melhores!



Pastor Ismar Lambrecht Pinz
Comunidade Luterana Cristo Redentor, Pelotas, RS.
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
25/03/2009

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