ORDEM DO
CULTO PRINCIPAL
CRISTO
NOS RESGATOU DO PECADO
·
Somos agora seu povo
·
Queremos viver um culto constante a Deus
CULTO
OU LITURGIA SIGNIFICA: SERVIÇO A DEUS
DUAS
MANEIRAS DISTINTAS PARA PRESTAR CULTO:
·
Individualmente: Rm 12.1-2.
·
Em grupo: AT – Templo, sinagogas
NT – At 2.42,46; Hb 10.24-25;
Mt 18.20; Lc 22.19
A
NECESSIDADE DE UMA ORDEM DE CULTO
Para o culto em
grupo precisamos de uma Ordem de Culto que nos ofereça palavra e sacramento e
nos dê oportunidade de prestarmos adoração e louvor com “ordem e decência.”
Origem
·
Herança de séculos.
·
Diversas influências: - Liturgia judaica;
-
Liturgia grega;
-
Liturgia galicana;
-
Liturgia romana.
Características
·
Ordem coerente: Partes fixas e partes variáveis.
·
Posições dos fiéis: De pé, sentado, ajoelhado.
·
Conteúdo: Partes sacrificais e partes
sacramentais.
·
Divisões: Ofício preliminar da confissão, Ofício
da Palavra, Ofício da Santa Ceia.
OFÍCIO PRELIMINAR DA CONFISSÃO
·
Prelúdio – nos ajuda a nos concentrarmos para um
clima de devoção.
·
Invocação – lembra-nos que o Deus verdadeiro nos
motiva ao culto.
·
Confissão dos pecados – nos prepara para
prestarmos culto (1Jo 1.9; Sl 124.8; Sl 32.5)
OFÍCIO DA PALAVRA
Intróito
Introduz o assunto do Dia. Os intróitos
para serem cantados pelo coro têm o seguinte esquema:
·
Antífona – um ou mais versículos.
·
Salmo – um versículo.
·
Gloria Patri – conclusão para o Salmo.
·
Antífona – repetição dos primeiros versículos.
Em lugar destes
intróitos cantados pelo coro podemos usar o Salmo do Dia com leitura responsiva
e com participação da congregação.
Kyrie
Eleison (Senhor,
piedade)
·
Reconhece nossa dependência de Deus
Gloria
in Excelsis
Tem os seguintes assuntos:
·
Belém - Encarnação
·
Calvário – Sofrimento de Cristo
·
Reino celestial – Intercessão perpétua de Cristo
Saudação
·
“Emanuel” – “Deus conosco” (Rt 2.4; 2 Tm 4.22)
Coleta
Pequena
oração que “coleta” os desejos da igreja e as apresenta a Deus. Tem o seguinte
esquema:
1. Invocação;
2. Base para a
petição;
3. Petição em si;
4. Propósito ou
benefício desejado;
5. Conclusão doxológica.
Leituras
bíblicas
·
Chegamos ao centro do Ofício da Palavra: Leitura
da Palavra e sermão.
·
Leitura de seleções bíblicas já havia na
sinagoga: Lc 4.16-19. A Igreja Antiga acrescentou trechos das Epístolas e dos
Evangelhos.
·
No início não haviam leituras definidas – com o
tempo surgiram as perícopes. No ano 800 as perícopes históricas estavam
prontas. Atualmente temos a Série Trienal.
Leitura
do Antigo Testamento
·
Nossa fé é histórica – o NT repousa sobre o AT.
Leitura
da Epístola
·
Trechos de Cartas dos Apóstolos – doutrina, Lei e
Evangelho, exortações à Santificação.
Gradual
·
Originalmente para uso coral. Trechos de Salmos e
outras passagens com aleluias.
Evangelho
·
Palavras do próprio Cristo ou fatos da vida de
Cristo.
·
Responsos são cantados antes e após a leitura e é
ouvido de pé para destacar sua importância.
Confissão
de fé
·
“Credo” = “Creio”
·
Credo é a palavra da igreja em resposta à Palavra
de Deus.
·
Três Credos Históricos: Apostólico Niceno e
Atanasiano.
·
Os Credos surgiram para defender a igreja de
falsas doutrinas que estavam sendo ensinadas.
Hino
do dia
·
Preparo à mensagem;
·
O hino é uma das formas mais adequadas de
preparar o povo para a pregação;
·
Texto e música juntam-se;
·
Auxílio para fixação de doutrinas;
·
O hino da congregação: uma das restaurações da
Reforma;
·
Ninguém deveria ser negligente ao canto de hinos
(Cl 3.16).
Sermão
·
Interpretação,
·
Exposição e
·
Aplicação da Palavra de Deus
·
Precisa conter Lei e Evangelho
Ofertório
·
Oferecemos nossa vida a Deus.
Ofertas
·
Oferecemos nossos bens a Deus.
Oração
geral
·
Oração da igreja que trata dos problemas em geral
do mundo (1Tm 2.1-2).
OFÍCIO DA SANTA CEIA
Prefácio
·
Sentenças: parte mais antiga da liturgia;
·
Prefácios próprios: enfatizam uma época do Ano da
Igreja;
·
Sanctus: clímax do prefácio . Liga o AT com o NT
(Is 6.3; Mt 21.9; Sl 118.25).
Consagração
e administração
·
Oração dominical;
·
Palavras da instituição (separamos pão e vinho
para seu uso sagrado);
·
Pax Domini (A Paz do
Senhor – Jo 20.19-21; Fp 4.7);
·
Agnus Dei (Jo 1.29; Is
53.7,12; 1Pe 1.18-20; Ef 2.13-17);
·
Distribuição (Cristo é um conosco).
Pós-comunhão
·
Nunc Dimitis (Agora
despedes): Lc 2.29-32. Relacionamos o sacramento com a vida eterna;
·
Ação de graças: 1Co 11.26. Oração que Lutero já
usava. Pede fortalecimento da fé e, consequentemente, amor para com o próximo;
·
Saudação: O “Emanuel” para o culto da vida diária
que se seguirá;
·
Benedicamus (Bendigamos):
Aparece também no final de cada livro dos Salmos ( Sl 41, 72, 89, 106 e 150);
·
Bênção: Nm 6.24-26. Deus prometeu por o seu nome
sobre os filhos de Israel com esta bênção de “Paz”. Encerramos o culto na
certeza da Paz do Senhor.
CONCLUSÃO
Nosso culto é
·
Litúrgico
·
Cristocêntrico
·
Bíblico-confessional
Nossa liturgia está fundamentada na Bíblia
·
Há citações diretas da Bíblia. Ex.: Ofertório,
Sanctus e Bênção.
·
Há aplicações e exposições da palavra. Ex.:
Hinos, Sermão e Glória.
Nossa ordem de culto é meio eficaz
·
Para anunciar a palavra (Lei e Evangelho);
·
Para administrar os sacramentos (Santa Ceia e
Batismo);
·
Para nos conduzir ao louvor e à adoração.
OS OFÍCIOS MENORES: MATINAS E VÉSPERAS
Origem
·
AT – Sacrifícios
Diários: Êx 29.38-39. Horas de Oração (At 3.1; 10.9);
·
Igreja Antiga: Continuaram as
Horas de Oração. São Bento fixou as horas de oração em + ou - 530 AD.
Matinas
Laudes
Ofício
Divino Prima (6h)
Ofício das horas Tércia (9h)
Horas Canônicas Sexta (12h)
Horas de Oração Noa (15h)
Vésperas
Completas (ao recolher)
·
Reforma: Enfatizou o
uso diário das Matinas e Vésperas nas escolas, uso dominical nas igrejas, como
ofícios menores (sem celebração da Santa Ceia).
A ORDEM DAS MATINAS
Matinas:
Vem
do Latim Matutinus (“Matutino,” “De
manhã,” “Pertencente à manhã”).
Lutero: Simplificou as
Matinas conservando o esboço tradicional. Latim
– usado nas escolas durante a semana. Alemão
– usado nas igrejas aos domingos.
Destaque: Louvor e
orações agradecendo pela noite passada e pedindo proteção para o novo dia.
VERSÍCULOS
Sl 51.15: Destaca o louvor a Deus que só é possível
se Deus mesmo nos abrir os lábios.
Sl 70.1: Imploramos ajuda e libertação de Deus.
Gloria Patri: Conclusão costumeira para salmos no culto
cristão; liga o AT com o NT.
INVITATÓRIO
Convite
à adoração: Mostra-nos
a razão para a nossa adoração.
Invitatórios
especiais:
Colocam a motivação do louvor de acordo com a época do Ano Eclesiástico.
VENITE
Convite
ao louvor:
Confronta-nos com a motivação para o louvor .
-
“Rochedo da nossa salvação”;
-
Criador de tudo e nosso criador;
-
Somos “povo de seu pasto e ovelhas de sua mão”.
HINO
·
É o hino principal das matinas – Hino do Ofício.
·
Separa o Venite
(Sl 95) do(s) salmo(s) que segue(m).
SALMODIA
·
É a leitura ou canto de um ou mais salmos.
·
Os salmos eram os cantos utilizados pelos levitas
no AT.
·
Os salmos continuaram a ser usados na Igreja
Antiga e na Idade Média passaram a integrar as Horas de Oração.
·
Canto tradicional dos salmos – coral duplo
seguindo o paralelismo hebraico.
·
Gloria Patri – conclusão
para o salmo.
LEITURA
·
Um ou mais trechos do AT ou do NT são lidos.
·
Segue o versículo: “Ó Senhor tem compaixão de
nós” e o responso: “Graças te damos, Senhor” – Confessamos nossos
fracassos em guardar a palavra de Deus e agradecemos a Deus pela sua graça e
perdão infalíveis.
RESPONSÓRIO
·
Consiste de alguns versículos com responsos de salmos.
·
Variam de acordo com o Ano da Igreja.
SERMÃO
(Como os ofícios menores são ordens para
oração e louvor é possível excluir o sermão)
OFERTAS
(De acordo com o momento também podem ser
excluídas)
CÂNTICO
Te
Deum Laudamus
·
Texto do século IV.
·
Dividido em duas partes:
-
1ª Parte: Louvor à Santíssima Trindade.
-
2ª Parte: Recorda a obra redentora de Cristo e
conclui com pedido de auxílio para chegarmos à vida eterna.
Benedictus
·
Lc 1.68 ss
·
Comemora a encarnação de Cristo.
ORAÇÕES
·
Parte final das Matinas e Vésperas.
·
Pode ser substituída pela Litania ou pelos
Sufrágios.
Kyrie
·
Iniciamos esta seção com a oração do Kyrie
reconhecendo nossa dependência de Deus.
Pai
Nosso
·
Como é a “Oração do Senhor” para todas as
ocasiões, é apropriada também aqui.
Saudação
·
Introduz aqui as coletas finais: - Coleta do dia
; - Outras coletas ou orações.
Coleta
pela graça
·
Reconhece a proteção da noite anterior e pede a
proteção para o novo dia.
BENEDICAMUS
(Motivado pelo final de cada livro do
saltério – Sl 41, 72, 89, 106 e 150)
BÊNÇÃO
(É a chamada Bênção Apostólica – 2Co
13.13)
A ORDEM DAS VÉSPERAS
Vésperas:
Vem
do Latim Vespera (“Entardecer”,
“Vespertino”, “Anoitecer”, “Pertencente ao entardecer”).
Objetivo: Recontar as
graças do dia e pedir a proteção para a noite.
Origem: Sacrifício vespertino
dos judeus;
Ofício
cristão das luzes.
Estrutura: Muito
semelhante às matinas.
CÂNTICO
(Magnificat
ou Nunc Dimitis introduzido pelo Sl
141.2 – Compara nossa oração com o sacrifício vespertino dos judeus).
Magnificat (Engrandece): Lc 1.46-55. Semelhanças com o
Cântico de Ana (1Sm 2.1-10). Semelhanças com alguns salmos (Sl 35.9; 111.9;
103.11, 13, 17; 147.6; 98.3).
Nunc
Dimitis (Agora
despedes): Lc 2.29-32. Hino que expressa desejo de partir para a eternidade e
oração por paz e descanso. Alusões ao AT (Is 52.10; Sl 98.2).
ORAÇÕES
Têm o mesmo esquema final das Matinas.
Esta parte final também pode ser substituída pela Litania ou pelos Sufrágios.
Coleta
pela paz
·
Petição pela paz de Deus que o mundo não pode
oferecer a fim de cumprirmos os mandamentos de Deus.
·
Petição de proteção contra o “temor de nossos
inimigos” para vivermos em paz e tranqüilidade.
CONCLUSÃO
Os
ofícios menores são:
·
Litúrgicos;
·
Cristocêntricos.
Os
ofícios menores são meios eficazes:
·
Para um momento de oração e louvor;
·
Para um momento de pregação;
·
Para um momento especial ou festivo;
·
Para devocionais diários.
[anterior]
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