O tempo passou, e hoje a mãe virou a mulher-elástico, com incríveis poderes para a trinca maternidade-matrimônio-mercado. Por isto a infelicidade desta mulher que cuida da casa, do trabalho fora de casa, dos filhos, e das manhas do marido. Situação que propicia os conflitos conjugais. E aí surge o “m” de madrasta – do tipo que matou Isabella. E com tantos casamentos desfeitos, nasce o “m” do medo dentro do próprio lar, onde reina a violência, abusos e até assassinatos de filhos e enteados. Por isto o “m” da maldade – aquela que segundo palavras de Jesus (Mateus 24.12), vai se espalhar de tal maneira, que o amor de muitos esfriará. O que gera um mundo com o “m” de monstruoso.
Seria a vitória do “m” da morte se o “m” da misericórdia divina não surgisse. Porque, igual ao amor da mãe que consola o filho, Deus promete consolar aqueles que choram (Isaías 66.13). Um Deus-mãe que mandou o seu filho para salvar o mundo (João 3.17). E se neste mês de maio também aparece o “m” da mensagem de Pentecostes (23 de maio) – semente do Espírito Santo que concebe no coração humano amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio (Gálatas 5.22), então o mundo ainda tem jeito.
Um jeito parecido com aquilo que vimos pela televisão nesta última segunda-feira, quando mães destrocaram os seus filhos. Sob muita comoção e choro, as duas mulheres de Goiânia tiveram que devolver entre si os bebês trocados na maternidade. Pensei aqui no “m” do amor que não depende de um exame de DNA. Pois neste mundo com tantas trocas e destrocas, só mesmo o “m” de milagre. Milagre que nasceu daquela que se chama Maria...
Marcos Schmidt
pastor luterano
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo-RS
6 de maio de 2010
pastor luterano
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo-RS
6 de maio de 2010
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